Crítica de “A Sereia – Lago dos Mortos”

Por Guilherme Batista

Embora os filmes de terror europeus estejam chegando aos cinemas brasileiros, ainda está difícil encontrar algo que não seja do mercado norte-americano. Mas isso parece estar mudando com os lançamentos dos sul-coreanos de Invasão Zumbi (2016) e os russos de A Noiva (2017), agora com Sereia – Lago dos Mortos. As distribuidoras brasileiras parecem ter interesse em divulgar filmes com outras roupagens e linguagens fora da caixa hollywoodiana.

Em A Sereia – Lago dos Mortos, a trama mostra a lenda da sereia que hipnotiza quem entra em contato com ela, a fim de matar suas vitimar. Mas, nesta versão russa da lenda, trata-se de enlouquecer de amor aquele que entra em contato, para depois devorá-lo. Com apenas um beijo, a vítima fica marcada por toda vida a se lembrar da sereia, como uma alegoria de quem perdeu um grande amor. E quando busca por recuperação, a sereia concretiza seu objetivo final.

O que achamos?

“Você me ama?”. É com essa pergunta que o diretor Svyatoslay Podgaevkiy decidiu adotar como slogan da trama Sereia – Lago dos Mortos, já que muito antes de ser terror, o filme apresenta um drama sobre alguém que teve o coração partido e tornou disso uma maldição para sua vida. E a lenda da sereia é apenas um pano de fundo para mostrar tudo.

O prólogo do filme promete uma boa premissa e da o ponta pé para a história, de maneira positiva, e o filme consegue te deixar tenso e na ponta da cadeira em alguns momentos. Mas, conforme vai passando o tempo, você percebe que os jumpscare (técnica utilizada para assustar o telespectador) são usados em situações óbvias e rotineiras. Como se fosse a única técnica para tornar o projeto um filme de terror.

Imagem – divulgação

Além disso, as músicas que eram para criar uma tensão entre o espectador e a cena são usadas de maneiras tão jogadas, que parecem se uma ofensa para quem foi ao cinema pagar para assistir o filme. Junto com a montagem que deixa as cenas mal encaixadas e causam acontecimentos claramente para que o personagem principal se limite em não conseguir fugir da vilã.

Imagem – divulgação

A Sereia – Lago dos Mortos está no seleto grupo de filmes que têm uma excelente premissa, mas peca pela falta de originalidade e se torna mais do mesmo no quesito de filmes medianos de terror. Uma pena! Porque poderia ter sido bem melhor do que foi e o prólogo confirma isso.

Em cartaz nos cinemas brasileiros.

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Post Author: Jaqueline Oliveira

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