Nas curvas do Copan, de Oscar Niemeyer

No térreo do prédio, diversas lojas e restaurantes movimentam aquele que é considerado um dos mais famosos edifícios da cidade

Em meio a tantas linhas retas, Oscar Niemeyer presentou São Paulo com uma verdadeira obra de arte: as curvas do Copan! O prédio, que fica bem no coração da cidade, na famosa Av. Ipiranga, é um dos cartões postais locais que mais aparecem nas fotos dos turistas, e um dos mais queridos também, tanto pelos seus moradores, quanto pelos paulistanos em geral.

Mas ter sido projetado pelo maior arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer, não é a única razão que deu fama ao edifício. Há diversas outras obras de Niemeyer, na própria São Paulo, que passam despercebida pelos mais de 12 milhões que habitam a cidade. O Copan, contudo, chama atenção.

Em uma única visita feita ao prédio, logo na entrada, já foi possível identificar visitantes de São Paulo, de outras cidades, outros estados e até mesmo outros países. E é exatamente esse cenário encontrado por aqueles que vão conhecer mais de perto o Copan, um edifício brasileiro, que escuta inglês, francês e todas e quantas línguas que vão de encontro a ele.

Ao 32º andar

É através do bloco F (último do edifício) que as descobertas começam. É lá, dentro da sala de administração, que todos precisam ir para assinar o livro de visitas e, em seguida, tornar-se parte do grupo de pessoas que já exploraram um dos mais belos trabalhos de Niemeyer.

O acesso ao famoso terraço, no entanto, é feito pelos rápidos elevadores do bloco B, que sobem ao 32º andar em cerca de 40 segundos. Depois disso, basta encarrar alguns degraus de escada para se deparar com o mar de prédios que São Paulo se torna lá de cima.

Ao todo a visita dura menos de 30 minutos, mas é suficiente para tirar selfies e fotos de todos os ângulos possíveis e imagináveis. Isso porque, embora as visitas sejam todas guiadas, os monitores (guardas) não fazem comentários sobre a história do prédio ou mesmo sobre a bela vista lá exposta, deixando todos bem livres e à vontade para usarem e abusarem das câmeras.

Do 32º, ao térreo

Ao fim da visita, trocar o terraço pelo térreo pode ser uma excelente opção. Isso porque, mais de 70 lojas ocupam o espaço que é chamado de área comercial do Copan, E como em todo centro comercial, é possível encontrar lojas de roupas, sapatos, lembrancinhas e salões de beleza, mas há espaço para lojas mais raras também, como é o caso de uma locadora de filmes, que ainda resiste às modernidades.

Para completar a visita, por que não agradar ao estômago conhecendo um dos restaurantes ou bares do local? Você vivenciará uma São Paulo mais antiga, menos acelerada, com gosto de turismo, e com um cenário que poderia fácil, fácil estar em uma das novelas de Manoel Carlos.

Curiosidades

1. Números: Ao todo, o edifício tem 115 metros de altura, 35 andares, mais de 2.000 moradores, em 1.160 apartamentos, distribuídos em 6 blocos.
2. Frase de Oscar Niemeyer sobre o Copan: “Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo”.
3. Projeto: Apenas a parte externa do Copan foi feita de acordo com o projeto de Niemeyer, o que o fez perder o interesse pelo edifício, o estimulando a passar o comando para Carlos Lemos, arquiteto e historiador.
4. Construção: O edifício levou 9 anos para ser concluído. Teve sua obra iniciada em 1957, e sua inauguração em 1966.

Quer conferir?

As visitas ao Copan acontecem apenas em dias de semana (de segunda à sexta-feira), duas vezes ao dia: 10h30 e 15h30. Para não perder o horário, e ter tempo de assinar ao livro de visitas, chegue alguns minutos mais cedo. E caso o grupo seja superior a 10 pessoas, faça o agendamento com antecedência através do seguinte e-mail: sindico@copansp.com.br.

Crédito da imagem de capa (em destaque): Portal Brasil