Resenha: A Estrela que nunca vai se apagar (Esther Earl com Lori e Wayne Earl – Introdução de John Green)

Esta é uma história sobre uma garota que passou por uma experiência transformadora chamada “câncer da tireoide”. Não é um daqueles relatos dramáticos sobre câncer “baseados em fatos reais”, até porque o “câncer da tireoide” não é tão ruim quanto os outros. É uma história sobre mim, Esther Earl, vivendo com uma doença que é bastante assustadora“. – Sr. Tumor Cancerígeno (Esther Earl, Diário do “Tumor Cancerígeno”)

Logo depois de ler “A Culpa é das estrelas”, descobri “A Estrela que nunca vai se apagar” e estava muito ansiosa para começar já que se tratava do livro que conta sobre a vida de Esther Earl – a menina que inspirou John Green a escrever a história.

 

a estrela que nunca vai se apagar

Ao pegar ele para fazer essa resenha, fiquei com muita vontade de ler novamente as páginas que foram escritas por Esther e também por seus pais,  Lori e Wayne Earl. Além disso, o livro ainda conta com fotos de seus  momentos felizes, ilustrações, conversas com seus amigos e muitas boas lições.

Esther Grace Earl descobriu o câncer quando tinha 12 anos. Sua doença avançava de uma forma rápida e as visitas ao hospital eram bem mais frequentes do que deveriam ser, já que geralmente os pacientes com câncer da tireoide iam para o hospital apenas de seis a doze meses.

Apesar da gravidade de sua doença, Esther sabia muito bem como lidar com toda essa situação e isso acaba tocando muito quem lê. A cada momento, a cada dificuldade que passou, elas nos mostra, nos ensina algo novo. Às vezes, coisas menores nos deixam tão mal, para baixo, e ela mesmo passando por tudo isso, mesmo sofrendo, estava sempre sorrindo e fazendo o que gostava para tornar as coisas melhores.

a estrela que nunca vai se apagar

Esse não é um livro que vai te deixar deprimido, muito pelo contrário, ele vai mexer com você, te emocionar, mas sem te trazer tristeza (por incrível que pareça, é verdade!).

Entre um relato e outro de Esther no “Sr. Caderno”- como ela mesma chamava – podemos ler/ter a visão de seus pais sobre o que estava acontecendo. Como, por exemplo, nos dias em que ela se sentiu mal e ficou hospitalizada, há depoimentos de sua médica, dos amigos e do próprio John Green- que fez a introdução (Ela conheceu o autor em um convenção sobre Harry Potter).

Esther mantinha uma amizade muito forte com um grupo de amigos que conheceu online. Entre eles rolavam desde discussões sobre a vida,  até assuntos como Harry Potter. Onde todos se amavam do jeito que eram, erravam e se apoiavam. Durante todo esse período complicado para ela, eles sempre deram um grande suporte para nossa pequena estrela. Além disso, Esther também gostava de gravar vlogs em seu canal do YouTube, o cookie4monster4, que ainda está ativo e você pode ver um pouco mais sobre a garota fantástica e alegre que ela era.

a estrela que nunca vai se apagar

Quando a doença começou a complicar e Esther teve que ficar no hospital para ser melhor atendida, a comoção e as mensagens positivas na internet não foram apenas de seus conhecidos. Outras pessoas que ficaram sabendo de sua história também ficaram angustiados e tristes com tudo que estava acontecendo. A internet toda estava enviando pensamentos positivos e rezando por ela.

Infelizmente, no dia 25 de agosto de 2010, Esther não resistiu, mas ela parecia em paz quando partiu. Apesar de todos ficarem tristes com sua partida, ela nos deixou muitas lições sobre a vida e duas delas são: “Apenas seja feliz. E se você não conseguir, faça coisas que o deixem feliz. Ou fique sem fazer nada com as pessoas que o fazem feliz”. “DFTBA – Don’t forget to be awesome (Não se esqueça de ser incrível)”.

a estrela que nunca vai se apagar

Após receber um bilhete de um garoto, que participava de uma das comunidades frequentadas por Esther, querendo deixar uma homenagem relatando como ela havia sido uma inspiração para ele. Sua família decidiu criar a fundação “This Star Won’t Go Out”, que se dedica a ajudar financeiramente nas despesas com cuidado de crianças com câncer.

No fim do livro há também um trecho com rascunhos da ficção escrita por ela, que desde pequena sonhava em ser escritora. No fim do livro me senti como se tivesse a conhecido, como se ela fosse uma grande amiga que tivesse deixado eu ler seu diário ou que tivesse dividido todos esses pensamentos e sentimentos comigo. Acredito que ficou bem claro que esse livro mexeu e mexe muito comigo, é algo que guardo com muito carinho e que fico feliz por ter comprado por curiosidade. Ele é e sempre será um item especial na minha estante e que eu tenho certeza que fará você refletir logo nas primeiras frases, assim como aconteceu comigo.

Leia também minha última resenha:

Resenha: Cidades de Papel- (John Green)

Confira também:

Lançamentos Literários: Maio/2017

 

 

Informações do livro:

ISBN: 978-85-8057-466-1

Autores: Esther Earl com Lori e Wayne Earl – Introdução de John Green

Editora: Intrínseca

Post Author: Bruna Camilo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *