Tenho certeza que você já ouviu falar sobre “Os treze porquês“, a história ficou bem conhecida após virar série da Netflix e também por abordar assuntos como bullying, depressão, assédio e suicídio.
Após chegar do colégio, Clay Jensen encontra um pacote em seu nome e dentro há 7 fitas cassetes, que só depois de começar a ouvir descobre que são áudios gravados por Hannah Baker, uma garota de seu colégio que cometeu suicídio há pouco tempo.
Em cada lado da fita há uma história que pertence a uma pessoa, com a explicação do porquê ela está nessa lista e como ela foi responsável, em parte, pela decisão final da garota, o suicídio.
São 13 motivos, 13 pessoas e as fitas devem passar por todas essas pessoas que foram citadas. Assim, quando chega a vez de Clay, nós passamos a acompanhar tudo por meio da sua narrativa, intercalado com os áudios de Hannah.
“Os treze porquês” é um suspense, que prende o leitor do início ao fim para saber quem está nas fitas e o que cada um fez. Vamos acompanhando toda a angústia do garoto, até chegar em sua fita e descobrir o que ele fez, como pode ter magoado ela.
O que a história quer na verdade não é “romantizar” o suicídio e sim chamar atenção, mostrar como pequenas atitudes e até palavras que possam ser consideradas como uma “brincadeira”, trazem grandes consequências. Que todos nós precisamos ter mais consciência de nossos atos e que precisamos tratar o outro exatamente como gostaríamos de sermos tratados. A importância da empatia.
Apesar do assunto, a leitura é leve e não é cansativa. É o tipo de livro que faz você prometer que vai ler só mais um capítulo e quando percebe terminou de ler. Eu, particularmente, adoro livros com esse tipo de narrativa, como se nós fôssemos os personagens, nos trás para mais perto e torna tudo mais real.
- No livro, a história se passa em apenas uma noite, já na série Clay demora um pouco mais para escutar e digerir tudo que e escutas nas gravações.
- Na série os personagens citados nas fitas ganham um pouco mais de destaque, nós conhecemos uma outra versão da história pela visão dos secundários. Cada história é apresentada individualmente, a cada episódio.
- Na adaptação do livro os pais de Hannah processam a escola pela negligência em relação a tudo o que aconteceu, o que leva alguns estudantes (os que foram citados) a serem testemunhas.
- Tony é uma figura com mais destaque na série do que no livro, onde só aparece para dar apoio a Clay enquanto ele escuta sua fita.
- O suicídio de Hannah tem versões diferentes, no livro ela se mata com overdose de remédios. Já na série a garota corta os pulsos enquanto está dentro da banheira de sua casa.
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Informações do livro:
ISBN: 978-85-08-12665-1
Autoras: Jay Asher
Editora: Editora Ática
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