No CCBB, um portal do tempo rumo à cultura

Entrar no local é como deixar o século XXI e mergulhar em um cenário antigo, repleto de detalhes e riqueza, que contém cinema, teatro, café e muita arte, moderna!

Um antigo prédio, belo e muito bem utilizado, habita o coração de São Paulo e abre todo o seu interior para quem o quiser ver, de graça (ou por quase nada). Esse é o CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil, que desde 2001 ocupa um dos prédios mais antigos da cidade, que sustenta em sua construção mais de um século.

Lá dentro, no entanto, há muito mais do que idade. Fazendo jus ao nome que recebe, o CCBB tem teatro, cinema, galerias, espaço para música, auditório, café, e um belíssimo vão (que já recebeu diversas e inusitadas obras), tudo distribuído em quatro andares, e sob a iluminação de uma claraboia que impressiona!

Ao longo dos anos em que o prédio tem sido ocupado pela arte, diversas obras famosas já se juntaram à beleza do local e foram expostas ali. Dentre elas, e de acordo com o CCBB São Paulo, as mais visitadas até o mês de outubro de 2016, foram:
1º. “O Mundo Mágico de Escher”, em 2011, com 381.624 visitantes;
2º. “Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Pimas do Museu D’Orsay”, em 2012, com público de 325.084;
3º. “Mestres do Renascimento – Obras-Primas Italianas”, realizada em 2013 e visitada por 317.070 pessoas.

Além das exposições

Como visto, é fato que o Centro Cultural foi casa para grandiosas e renomadas exposições, mas a própria arquitetura do CCBB, sem obra nenhuma, já mereceria ser visitada, tanto por turistas, como (e principalmente) pelos moradores de São Paulo.

Isso porque, ao entrar por uma das três portas centrais do edifício, o barulho das agitadas ruas do centro deixa de ser ouvido, o cheiro ruim de lixo deixa de ser sentido e um portal do tempo, no coração de São Paulo, é atravessado rumo à cultura, mas também, rumo à charmosa arquitetura do início do século XX.

E mesmo tendo passado por duas significativas reformas (ocorridas em 1927,  realizada pelo arquiteto Hippolyto Pujol, e antes de 2001, em preparação para tornar-se o CCBB), o prédio manteve muito da sua primeira estrutura e também teve seus elementos originais restaurados, o que ainda o conservar com a graça francesa da Belle Époque paulistana.

A riqueza está nas janelas emolduradas por pilastras, e vai do chão ao teto, formando uma estrutura repleta de detalhes. Aliás, depois da última restauração,  a claraboia (que ficava no segundo andar) foi elevada para o último, mas todos os pedaços do vitral foram cuidadosamente preservados, catalogados e recolocados no mesmo lugar.

A iluminação dentro do edifício (em tom amarelado) também é um detalhe que merece destaque,  pois colabora com a sensação de ser transportar à outra época. Uma viagem, sem custos, que vale a pena!

Curiosidades

1. De acordo com o ranking The Art Newspaper, de abril de 2014, o CCBB de São Paulo é a 5ª instituição cultural mais visitada no país e a 69º no mundo.

2. A claraboia do edifício, que fica no 4º andar, pode ser visitada e vista de perto. Isso porque, há uma passarela em volta dos vitrais, que permite com que as pessoas a vejam pelo lado de fora e descubram que, na verdade, ela não fica totalmente exposta ao céu. Há um teto em cima da claraboia, que ajuda na conservação dela.

3. À frente do edifício, embaixo das iniciais do Banco do Brasil, está o busto do deus grego Mercúrio, reconhecido por sua inteligência, por ser o deus grego dos banqueiros, viajantes, comerciantes, mas dos ladrões também!

Quer conferir?

Para visitar o prédio do CCBB e todas as suas atrações, basta ir até a Rua Álvares Penteado, nº 112, próxima à Praça da Sé. O prédio é aperto ao público de quarta à segunda-feira, das 9h às 21h.

A visitação ao prédio é totalmente gratuita. Porém, alguns eventos realizados dentro do edifício são cobrados, mas os ingressos são sempre bem acessíveis, a exemplo do teatro (R$ 20,00 – inteira, R$ 10,00 – meia) e do cinema (R$ 10,00 – inteira, R$ 5,00 – meia).