Com 10 anos de história a Mercúrio Cromo que é formada por Fábio, Nando, Rafael que se conheceram por meio de amigos em comum e Samuel que chegou depois da saída do outro baterista viram a música chegar em suas vidas de formas distintas.
Enquanto Nando gravava fitas com a programação do rádio e cantava com o microfone que veio com o micro system recém adquirido, Rafael ouvia as músicas indicadas pelo seu tio e despertava com isso o interesse pelos instrumentos, o primeiro violão veio aos 14 anos. Fábio desenhava e tinha a música apenas como trilha sonora até sentir necessidade de estar com uma galera, com isso começou a aprender violão. Samuel o mais novo da banda teve seu primeiro contato com a música na igreja, lá ele se encantou pelo violão, mas quem realmente ganhou seu coração foi a bateria que aprendeu a tocar no Projeto Guri.
Nando nos conta que o processo criativo da banda tem fases: “tem épocas que as composições são só minhas e do Fábio, em outros momentos sentamos todos e discutimos a música, alteramos a letra”. E Rafael completa: “todos dão pitaco no que o outro está fazendo, temos muita liberdade”.
O EP “Mercúrio Cromo” foi lançado em 2014, produzido pelo Bozzo Barretti, gravado no Midas Studios, que já foi usado por bandas como Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr., CPM22 e Titãs. Várias faixas já trabalhadas, a última foi Lorena que contou com um clipe bem elaborado que foi gravado todo em um dia.
Clipe “Lorena”
O clipe Lorena foi bem elaborado e gravado em apenas um dia, “começamos a gravar 6h da manhã. Foi delicioso, ficamos muito felizes com a sintonia”. A história do clipe é baseado em fatos reais e já conta com mais de 22mil visualizações no youtube. Lorena é faixa do EP lançado em 2014, produzido pelo Bozzo Barretti.
Amizade das bandas
“No começo víamos que sempre havia uma certa rivalidade entre as bandas, mas estamos no mesmo barco, temos é que divulgar uns aos outros. Sempre assisto todas as bandas nos festivais, sejam os que eu toco ou os que seu espectador. E as bandas que se identificam se aproximam de nós, como o 5 Pras Tantas”, conta Fábio.
Rafael completa: “Sempre quisermos estar perto das bandas, tivemos várias tentativas de coletivo envolvendo outras bandas, até o Rike do NDK trazer o ACenaViveSP pra cá, que facilita na troca de ideias entre as bandas”.
“A cena underground é algo muito novo, antes existia o artista de gravadora, que só ia lá e cantava e a gravadora fazia toda a parte comercial e os amadores. As bandas independentes que fizeram sucesso no passado são as exceções. Nós somos a primeira geração que tem esse poder de trabalhar com o artístico e o comercial. Com a cena estamos descobrindo os caminhos para cuidar de ambas partes e não deixar uma sobrecarregar a outra” – Fábio.
Dificuldades e referências
Em dez anos de banda já enfrentaram muitas dificuldades Fábio conta que a principal é o dinheiro, “não no sentido mercenário, é que o instrumento muito bom costuma ser importado e isso é caro, foi depois de muito tempo de trabalho que conseguimos ter os instrumentos que sempre sonhamos”. E Rafael complementa que pra fazer um trabalho de qualidade é preciso investir em bons profissionais e um bom estúdio.
As principais referências da banda são um pouco do que cada integrante gosta de ouvir, entre elas estão clássicos como Rolling Stones, Led Zeppelin, Irom Maiden e artistas nacionais como, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Scalene, Supercombo, Teatro Mágico.
Para o próximo trabalho, o primeiro com a nova formação da banda, eles contam que as influências são circunstanciais “dependendo da música pegamos influências que permeiam o que todos nós gostamos”.
Futuro
Em 2016 prometem lançar singles, no momento estão finalizando composições e sondando alguns produtores, “no projeto inicial são 4 músicas, até o final do mês queremos definir o produtor da primeira música que iremos trabalhar e lançar até abril”, é o que espera Rafael.
Ainda esse ano pretendem implementar o projeto “Música Social Brasileira” que consiste em levar música nas escolas “acreditamos muito nesse projeto, a ideia original é do Fábio, há anos trabalhamos nessa ideia, em 2015 fizemos dois shows testes” conta Nando.
Fábio explica como funciona o projeto que pretende envolver alunos do ensino médio, “o artista cumpre um papel social, a escola é um ambiente de formação de pessoas, de caráter e precisa de cultura, precisamos levar música que abram a cabeça, não só do ponto de vista artístico mas do ponto da análise social, no set estão músicas famosas por refletirem sobre o cotidiano social, nem todas são rock, por exemplo, tocamos ‘Asa Branca’ de Luiz Gonzaga, funciona assim, após a música abrimos um debate entre alunos, professores”.
E para começar 2016, lançaram na última sexta-feira (5), a música Rock N’ Roll E Deixa Rolar era tocada nos primeiros shows da banda, mas nunca teve uma versão final, agora de cara nova foi lançada oficialmente.
Para acompanhar a agenda de shows e os demais projetos da banda é só entrar no Site e ficar de olho na página no Facebook.