Os piores finais de séries de todos os tempos

Perguntamos a leitores e aficionados por seriados sobre os finais mais decepcionantes, confira a lista!

Sabe aquela serie que você adora, acompanha por anos, e quando ela finalmente termina a vontade é de jogar o sapato na televisão? Pois bem, fizemos uma pesquisa informal com o intuito de descobrir quais os piores finais de seriados entre fãs. Uma semana e mais de 200 pitacos elaborados depois, nasceu nossa lista!

[SPOILER ALERT] Caso você não queira saber o fim de alguma das séries da relação, basta descer para o próximo da lista, não colocamos nenhum final no título para não estragar a vida de ninguém!

7. That ’70s Show

O sitcom que consagrou a carreira de Ashton Kutcher e Mila Kunis entra para o hall de piores finais da historia por duas razões: o fim do casal Jackie e Steven (alguém engoliu Jackie e Fez? A gente também não.) e o sumiço do protagonista, Eric Foreman,pela última temporada inteira.  O motivo para a “viagem à África”  que não apenas soou absurdamente improvisada, como também não combinava nada com a personalidade acomodada e medrosa de Eric foi a solução encontrada pela produção para lidar com a vontade do ator Topher Grace de investir em sua carreira no cinema – na época ele havia sido convidado para interpretar o Venom em “Homem Aranha 3” – That ’70s Show se encerra com Eric voltando pra casa, mas ainda assim, fica a sensação de que algo ficou faltando, de maneira que acaba dando um alívio quando a season 8 termina. A carreira de Grace não ter dado em nada após o show nos parece a prova viva de que  Karma existe.

6. The O.C

 

 

 

 

 

 

 

 

Se você era adolescente nos anos 2000, The O.C muito provavelmente foi uma parte importante da sua vida: o show influenciou a música e a moda de toda uma geração. Entretanto, os roteiristas cometeram o mesmo erro de “That ’70s show“: sumiram com o personagem central de um jeito bizarro. A morte besta de Marissa Cooper no final da quarta temporada ainda é vista com incredulidade pelos fãs. Para piorar, houve a tentativa fracassada de emplacar o casal Ryan/Taylor – também conhecida como a personagem mais chata de toda série. Substituir a figura da trendsetter Marissa Cooper por sua irmã, Kaitlin Cooper, também não pegou nada bem entre os fãs – comparar Marissa e Kaitlin é tipo colocar a Pepsi no lugar da Coca-Cola e torcer pras pessoas engolirem.

Pois bem, ninguém engoliu, o show teve que ser encerrado uma temporada depois e pouquíssimas pessoas se deram ao trabalho de assistir até o final.

5. Gossip Girl

Gossip Girl surgiu em 2007, ano em que The O.C teve sua última temporada. Para a produção o timing foi impecável, já que o drama adolescente possuía sinergia suficiente com a temática de sua predecessora para arrebanhar uma legião de fãs órfãos. Nas primeiras temporadas, a série tinha todos os ingredientes para um drama adolescente de sucesso: Blake Lively e Leighton Meester têm uma sintonia incrível nos papeis de Serena Van der Woodsen e Blair Waldorf(há rumores de que Lively chegou a fazer uma plástica no nariz para se adequar melhor ao papel) , a trama tem reviravoltas suficientes para prender os espectadores  e uma ala masculina de fazer inveja à extinta seção de colírios da Revista Capricho.

O problema com Gossip Girl começou no instante em que tentaram emplacar um romance entre Dan e Blair, o casal mais sem química do elenco (muito provavelmente porque nos 6 anos de show todo mundo ficou com todo mundo, e essa foi a única combinação que não haviam tentado além de Chuck e Serena, que são algo como irmãos de criação). Somada a isso, a revelação de quem é a Gossip Girl, a mais importante de toda série, é repleta de furos de roteiro. Pouquíssimos fãs engoliram Dan como a Gossip Girl, e menos gente ainda curtiu ele ficando com a Serena no final – até por quê, quem acaba ficando com a pessoa que dedicou 6 anos da vida dela a destruir a sua? Esperávamos mais de Serena Van der Woodsen.

4. Sense 8

Ao contrario de muitas das séries da lista a seguir, Sense 8 terminou em seu auge, abruptamente e sem um final, gerando comoção nos fan groups de todo mundo. Como havíamos comentado com vocês aqui, a causa para o shut down da série das irmãs Wachowski foi o custo de sustentar uma produção gravada em 16 cidades de 13 países diferentes. Numa tentativa de diminuir a crise de imagem gerada pelo anúncio do cancelamento, o Netflix decidiu fazer um episódio final de 2h encerrando a história.

O resultado, obviamente, não foi satisfatório: Sense 8 tinha uma trama complexa criada para ser desenvolvida em muitas temporadas, e resumi-la em 120 minutos trouxe uma série de perdas.

3. Lost

Lost  foi um sucesso absoluto de público e crítica  – para dar uma ideia, o último episódio teve audiência de 13,5 milhões de espectadores só nos Estados Unidos. Desvendar os mistérios da ilha era Hobbie de muita gente, e havia inúmeros fóruns dedicados a conjeturar as causas que levaram as pessoas para lá, por que ursos polares haviam ido parar nela, quem eram os Outros e qual a missão real deles por lá.

Durante 5 temporadas o show deu muito certo, entretanto a sexta temporada não agradou todos os fãs – muitos acharam o final preguiçoso e mal explicado, além de repleto de pontas soltas (sabe os ursos polares? Pois sim, não existe explicação pra eles até hoje). Entretanto, uma parte dos espectadores defende a forma como a série terminou, já que, bem, era a única que fazia sentido em diversos aspectos – não havia uma alternativa possível que fizesse sentido, embora haja um consenso de que tudo poderia ter sido amarrado de uma forma mais coesa e coerente.

2. How I Met Your Mother

Taí mais um show que, como Lost, tem um final que divide as opiniões de fãs: há quem o ache bom e quem nutra verdadeiro ódio pelo episódio final, veiculado em 2014.

Lovers e haters concordam num ponto: o fim da história de Barney é absurdo. Depois de 9 anos de um processo de desconstrução, em que o personagem passa de um womanizer irresponsável e infantil para um ser humano bem decente, tudo isso é basicamente jogado pelo ralo em dois episódios – a impressão que temos é que com o divórcio ele voltou 8 anos no tempo .Sermos apresentados nos 45 do segundo tempo a um Barney que depende de uma figura feminina – seja Robin, seja uma filha, para deixar de ser o tal macho embuste é decepcionante.

Outro ponto consensualmente falho na história é a participação pífia da mãe dos filhos do Ted – ela aparece brevemente em alguns episódios da última temporada e anda por cima morre no final. Para ser mais coerente, o show deveria chamar “How I Met Robin”, ou “Have you Met Ted?”, já que definitivamente a mãe não é o ponto central da história aqui.

1. Dexter

O final de Dexter foi o mais consensualmente ruim de todos os títulos discutidos. Para a maioria dos fãs, o show começou a descambar de fato após a quarta temporada – considerada o ápice, em termos de qualidade, pela maioria dos espectadores – já que temos o protagonista casado, pai e o mais puro exemplo de cidadão acima de qualquer suspeita. Se”Dexter” tivesse acabado aí, muito provavelmente teria se consagrado por ser excelente, e não por ser a série com o final mais tosco da década.

As quatro temporadas finais têm uma verdadeira lista de bizarrices, das quais a pior é a tentativa de “humanização” de Dexter, como se de uma hora para a outra o personagem estivesse curado da psicopatia e fosse apenas um pai de família perturbado pelo assassinato da mulher – que também é absolutamente ridículo.

Os sentimentos incestuosos de Debra pelo protagonista são igualmente esquisitos e desajeitados – a impressão que passa é que foi algo inventado pelos roteiristas de última hora para tentar manter a audiência do show e, ao mesmo tempo, justificar a insanidade crescente da personagem. Debra sempre foi intensa, mas alavancar essa intensidade ao nível de desespero usando como pretexto ela achar que está apaixonada pelo irmão foi forçar demais a barra. As cenas finais estranhíssimas no mar e ele sobreviver no final foram a pá de cal em algo que já estava muito errado.

Dexter, infelizmente, é mais um exemplo de seriado que peca por não haver terminado no momento certo, cuja tentativa de manter a bola rolando por parte da produção acaba resultando em algo com ares improvisados, pecado mortal para uma trama que tem como fio central o caráter meticuloso e calculista do protagonista.

Você concorda com a nossa lista? Mudaria alguma coisa? Conta pra gente!

 

 

Post Author: Rê Schmidt

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