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“Eu Sou Mais Eu” – resenha do filme que está em cartaz e +

Imagem - divulgação

Por Guilherme Batista (@guigus02)

No último dia quinze, nós assistimos, em primeira mão, “Eu Sou Mais Eu”, quarto filme estrelado por Kefera Buchmann, e o sétimo do diretor Pedro Amorim, além de participamos da coletiva de impressa com o elenco principal.

Depois de 138 minutos, podemos observar que houve um crescimento individual da Kefera devido a mensagem que esse filme transmite, pois como mesmo dito por ela na coletiva, “existia uma Drica em minha vida e isso fazia eu não me aceitar como eu era”. O filme retrata os traumas da adolescência, a não aceitação interna da juventude e os conflitos em brigar por ser aceito pela sociedade onde vive.

O diretor Pedro Amorim disse que “não sabia do passado da Kefera” e que ficou feliz ao saber que a mensagem do filme a fez “se aceitar e enxergar o mundo de uma maneira melhor, como se ela tivesse uma segunda chance, atualmente, de poder aceitar quem é”.

Toda essa mensagem de aceitação está imposta no filme de maneira leve e divertida para que o público adolescente perceba que todo mundo tem problemas, mas que pode aprender com ele.

O que achamos? 

Eu Sou Mais Eu” é daqueles filmes onde a protagonista volta no tempo para reviver os piores momentos do passado e ter uma segunda chance de aprender a lembrar quem era antes das coisas ruins da vida acontecerem. E se lembrar que o adulto amargurado do presente já foi um jovem esperançoso e corajoso, que aceitava sua própria identidade.

Kefera Buchmann é Camilla Mendes, uma estrela pop que precisa do glamour e fama para si provar que foi capaz de superar as humilhações da adolescência: além de lembrá-la que essas provações escondem uma saudade e um grande segredo, marcante, de seu passado.

Imagem – divulgação

Ela não tem mais contato com a família, com o amigo de escola, Cabeça (Interpretado por João Côrtes), ou até mesmo com a originária de todos os tormentos de seu passado, Drica (interpretada por Giovana Lancelloti) que é a causa de Camilla ser traumatizada em querer sempre se auto provar e mostrar que foi capaz de superar tudo e todos para chegar onde chegou. Mas isso não há impede de guardar, mesmo que 14 anos depois, todas a lembranças terríveis. Pois, como toda pessoa que sofreu bullying na escola, ela guarda uma cicatriz enorme em seu coração.

Com o voltar no tempo, ela parece não entender que a segunda chance que a vida lhe deu é para que ela se lembre de quem era antes de mudar, antes de sofrer os tormentos, e nós acompanhamos esse aprendizado e entendimento de que como Camilla, nóa não podemos alimentar rancor e magoa em nosso coração, mas sim utilizar toda energia negativa em prol de algo positivo, como manter uma amizade verdadeira, como é mostrado no filme.

Imagem – divulgação

Com uma ambientação fiel ao período em que o filme se passa, 2004, o diretor Pedro Amorim consegue consequências ao transportar o telespectador para a era pré-internet no Brasil, e escolher Kefera como atriz principal, parece ter sido uma escolha cirúrgica devido a sua identificação com a internet, sendo um contraponto a tudo que ela simboliza para a geração atual.

Eu Sou Mais Eu” mostra uma Kefera rindo de si mesma e solta como nunca antes visto no cinema.

Ficha Técnica

Título Eu Sou Mais Eu (Original)
Ano produção 2019
Dirigido por Pedro Amorim
Estreia
24 de Janeiro de 2019 (Brasil)
Duração 98 minutos
Classificação  10 – Não recomendado para menores de 10 anos
Gênero
Comédia
Países de Origem
Brasil

O filme está em cartaz em todos os cinemas brasileiros.

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