Em cartaz na Pinacoteca, grande exposição coletiva Mulheres Radicais: arte latino-americana, 1960-1985. A mostra é a primeira na história a levar ao público um significativo mapeamento das práticas artística experimentais realizadas por artistas latinas e a sua influência na produção internacional. Tem curadoria da historiadora de arte e curadora venezuelana britânica Cecilia Fajardo-Hill e da pesquisadora ítalo-argentina Andrea Giunta.
São quinze países representados por cerca de 120 artistas, que reúne mais de 280 trabalhos em fotografias, vídeos, pinturas e outros suportes. A apresentação na capital paulista encerra a itinerância da mostra. Mulheres radicais inclui mulheres artistas da América do Sul, América Central e Caribe e dos Estados Unidos, latinas e chicanas.
O recorte cronológico, de 1960 a 1985, engloba justamente um período política e socialmente conturbado nesses países: Ditaduras militares, luta pelos direitos civis, início do movimento feminista. Temas como direitos humanos, violência de gênero, opressão, distúrbios civis, imigração e ditadura estão bastante presentes nos trabalhos.
A exposição abre inclusive com uma linha do tempo informativa sobre 25 anos de vida política e social de eventos e acontecimentos nos 15 países que estão ligados a questão da mulher. O evento marcante que abre a linha do tempo da exposição é o momento que as mulheres ganharam direito ao voto em cada país; no Brasil isso se deu em 1932, mas no México, por exemplo, somente em 1953.
Apesar de as diferenças culturais entre os países serem grandes, todas as artistas selecionadas para a exposição construíram trabalhos que representam de alguma forma resistência e ação política. A curadoria argumenta que nem todos os países do continente americano foram incluídos porque não encontraram artistas que se encaixavam dentro da temática da exposição.
No Brooklyn Museum a exposição foi dividida em 10 grupos temáticos: Resistência e medo, Mapeando o corpo, O erótico, O poder das palavras, O corpo na paisagem, Performando o corpo, Autorretrato, Feminismo, e Lugares sociais.
Mulheres radicais ainda conta com um catálogo que inclui as biografias das mais de 120 artistas e mais de 200 imagens de obras da mostra além de outras de referência documental, ampliando o panorama deste mapeamento para além da exposição.
A publicação original é a primeira a reunir uma extensa pesquisa sobre o tema e sua versão portuguesa editada pela Pinacoteca de São Paulo é a primeira a tornar este conteúdo acessível aos leitores da América Latina.
Não perca! O público pode conferir a exposição até o dia 19 de Novembro.
Serviço: Mulheres radicais – Pinacoteca
Onde? Pinacoteca
Endereço: Praça da Luz 2, São Paulo, SP
Horário de visitação: De quarta a segunda-feira, das 10h00 às 17h30 – com permanência até às 18h00
Ingressos: R$ 6,00 (entrada); R$ 3,00 (meia-entrada para estudantes com carteirinha)
Maiores informações no site.
OBS.: Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento e aos sábados, a entrada da Pina é gratuita para todos. A Pina Estação é gratuita todos os dias.
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