Por Jaqueline Oliveira
Sabe aquele filme de tubarão que todo mundo já riu, sentiu vergonha, mas mesmo assim assistiu? Pois, é! Megatuberão (The Meg) poderia ser mais um nesse formato, mas vai além – de modo positivo. Mesmo com uma sinopse previsível e clichê, o filme é pura diversão. Baseado no best-seller MEG – de Steve Alten, a história é sobre a maior espécie de tubarão existente, o Megalodon – que, supostamente, teria desaparecido do planeta. Num submarino de águas profundas – parte de um programa internacional de observação subaquática – acaba sendo atacado pela criatura, ficando preso no fundo do Oceano Pacífico, com a tripulação dentro dele.
A partir daí o enredo ganha uma narrativa diferente com a chegada do mergulhador especializado em resgastes em águas profundas, Jonas Taylor (Jason Statham de “A Espiã que Sabia de Menos”, “Velozes & Furiosos 7” e “Os Mercenários”), que é recrutado por um visionário oceanógrafo chinês para salvar a tripulação. Para dar um peso dramático à trama, Taylor já havia encontrado esta mesma criatura aterrorizante numa outra tentativa de resgate.
Com Statham como protagonista, também estrelam o longa a premiada atriz chinesa Li Bingbing – interpreta Suyin (de “Transformers: A Era da Extinção”, “O Reino Proibido”, “The Message”), Rainn Wilson (ator e humorista norte-
Confira o trailer!
O que achamos de Megatubarão
Um título que cabe devidamente à lista de grandes blockbusters que vemos por aí, com os clichês que reconhecemos bem, cheio de efeitos especiais, com cenas ensaiadíssimas que garantem muita diversão, Megatuberão é um thriller de ação e ficção científica que possui aquele alívio bem produzido para entreter. Além disso, tem um elenco de peso, mesmo que boa parte dos personagens secundários não ganhe luz, nem mesmo como secundários, ficando como pano de fundo ou usados quando o roteiro lhes convém. Outro detalhe é o próprio tubarão que quase não aparece direito – de forma ampla e acurada – no decorrer do filme e não é tão ovacionado.
O longa começa com uma cena que já indica o caminho do desenrolar da trama, mas acaba tendo este início lento, mesmo que seja para ambientar o espectador à própria história. Como eu disse, os personagens são interpretados por atores aclamadíssimos pelo público, porém são postos de lado para que o roteiro continue na sua linha cronológica e saia como o ensaiado. O que gera uma falha, considerando que os personagens que foram desenhados para dar o alívio cômico, perdem importância no desenvolvimento do filme e ao final dele.
Outro ponto (inicialmente positivo, mas perde quando posto em prática) – é o fato de que o roteiro utilizou da ferramenta de trazer a velha fórmula de “mocinhos/família” x “monstro que pode destruir tudo o que achar pela frente” para dar o gancho e a conexão entre os personagens, como uma narrativa secundária. Porém, caiu no “tanto faz”. Um exemplo é o papel da ex-mulher de Jonas, Celeste (Jessica McNamee), que fica sempre em terceiro plano e, definitivamente, sua ausência não faria diferença. Outro detalhe é a filha de Suyin, interpretada pela menina Shuya Sophia Cai, que fica com a responsabilidade de fazer com que esta fórmula dê certo.
Dirigido por Jon Turteltaub (dos filmes “A Lenda do Tesouro Perdido”, “Última Viagem a Vegas”) e com o roteiro assinado por três mãos: Dean Georgaris, Jon Hoeber & Erich Hoeber, Megatubarão se apresenta com um tom sério, como se quisesse afirmar que é um filme diferente dos outros sobre monstros aquáticos. Chega até lembrar, Godzilla e o peso histórico-cultural do personagem. Por fim, é um filme de tubarão que consegue sair da caixinha e passar a impressão de sério, mesmo com o objetivo de divertir, nada além. É um filme que apresenta uma motivação, a ameaça e a eliminação dela.
Curiosidades
O filme teve orçamento de US$ 150 milhões;
Foi gravado entre Inglaterra e Nova Zelândia;
Boa parte do filme foi financiada pelos chineses;
A equipe de Turteltaub nos bastidores incluiu o diretor de fotografia indicado ao Oscar Tom Stern (“A Troca”, “Sully – O Herói do Rio Hudson”, “Sniper Americano”, “Jogos Vorazes”), o desenhista de produção ganhador do Oscar Grant Major (“O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei”, “X-Men: Apocalipse”), os editores Steven Kemper (“Salt”, “Missão Impossível 2”, “A Outra Face”) e Kelly Matsumoto (“Velozes e Furiosos 6”), e a figurinista Amanda Neale (“Conspiração e Poder”, “Meu Amigo, O Dragão”, “O Que Fazemos nas Sombras”). A trilha foi composta por Harry Gregson-Williams (“Perdido em Marte”, filmes “O Protetor”, franquia “Shrek”).
Ficha Técnica
Título | The Meg (Original) |
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Ano produção | 2018 |
Dirigido por | Jon Turteltaub |
Estreia | 9 de Agosto de 2018 (Brasil) |
Duração | 113 minutos |
Classificação | 14 – Não recomendado para menores de 14 anos |
Gênero | |
Países de Origem | Estados Unidos da América |
Completam o elenco internacional de Megatubarão: Ruby Rose (“xXx: Reativado”, da série de TV “Orange is the New Black”), Winston Chao (“Fora do Rumo”, “Kabali”), Page Kennedy (da série de TV “Rush Hour”), Jessica McNamee (“Para Sempre”, da série de TV “Sirens”), Ólafur Darri Ólafsson (“O Bom Gigante Amigo”, da série de TV “The Missing”), Robert Taylor (“Golpe Duplo”, da série de TV “Longmire”), Sophia Shuya Cai (“Somewhere Only We Know”), Masi Oka (das séries de TV “Hawaii Five-0” e “Heroes”) e o neozelandês Cliff Curtis (“Cavalo Negro”, “Ressurreição”, da série de TV “Fear the Walking Dead”).
Megatubarão estreia nos cinemas brasileiros hoje, 09 de agosto, em 2D, 3D e em IMAX em cinemas selecionados. O filme será distribuído na China pela Gravity Pictures e no restante do mundo pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Entertainment.
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