Entra em cartaz no MASP – SP a exposição coletiva Histórias afro-atlânticas,que faz parte do ciclo de 2018 do Museu que dedica todo o ano às histórias dos fluxos e dos refluxos entre a África e as Américas através do Atlântico. Com exposições, seminários, programas de mediação e publicações em torno das trocas culturais entre a África, a Europa e as Américas.
Essas histórias não se referem apenas ao período da escravidão, em que populações africanas foram retiradas à força de seu continente para serem escravizadas nas colônias europeias nas Américas e no Caribe, mas fala, sobretudo, dos “fluxos e refluxos” entre esses povos atlânticos, desde o século 16 até a contemporaneidade.
O ciclo teve início em março, e já apresentou Imagens do Aleijadinho, Maria Auxiliadora da Silva: vida cotidiana, pintura e resistência e Emanoel Araujo, a ancestralidade dos símbolos: África-Brasil. No segundo semestre, ainda exibe individuais de Lucia Laguna, Melvin Edwards, Pedro Figari, Rubem Valentim e Sonia Gomes.
A exposição coletiva Histórias afro-atlânticas reúne, em iniciativa inédita, duas das principais instituições culturais de São Paulo: o MASP e o Instituto Tomie Ohtake. Trata-se de um desdobramento da exposição Histórias mestiças, realizada em 2014, no Instituto Tomie Ohtake, por Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz, que também assinam a curadoria desta nova mostra, junto com Ayrson Heráclito e Hélio Menezes, curadores convidados, e Tomás Toledo, curador assistente.
A mostra Histórias afro-atlânticas reúne cerca de 400 obras de mais de 200 artistas, tanto do acervo do MASP, quanto de coleções brasileiras e internacionais, incluindo desenhos, pinturas, esculturas, filmes, vídeos, instalações e fotografias, além de documentos e publicações, de arte africana, europeia, latino e norte-americana, caribenha, entre outras. Os empréstimos foram cedidos por algumas das principais coleções particulares, museus e instituições culturais do mundo.
A exposição articula-se em torno de núcleos temáticos, alguns dos quais presentes em Histórias mestiças. No MASP estão presentes os núcleos Mapas e margens; e no Instituto Tomie Ohtake estão Emancipações. Em cada núcleo, friccionam-se diferentes movimentos artísticos, geografias, temporalidades e materialidades, sem compromisso cronológico, enciclopédico ou mesmo retrospectivo.
É importante ressaltar que o Brasil é um território chave nessas histórias, pois recebeu cerca de 40% dos africanos que, ao longo de mais de 300 anos, foram tirados de seus países para serem escravizados. A exposição Histórias afro-atlânticas está organizada de forma independente e não-linear entre as duas instituições, não havendo uma ordem correta ou obrigatória a seguir.
No Instituto Tomie Ohtake, há duas salas dedicadas à mostra; no MASP, todos os espaços expositivos temporário estão ocupados. A mostra fica em cartaz até 21 de Outubro.
Serviço: Histórias afro-atlântica
MASP – SP
Endereço: Avenida Paulista, 1578
Horários: De terça a domingo, das 10h as 18h
Ingressos: R$ 35 (inteira) – R$ 17 (meia)
Maiores informações através do Site.
Instituto Tomie Ohtake
Endereço: Av. Faria Lima, 201 – Complexo Aché Cultural – Pinheiros, São Paulo
Visitação: De terça à domingo, das 11h às 20h
Entrada Gratuita
Maiores informações no Site.
OBS.: No MASP – SP Crianças até 10 anos não pagam e a entrada é LIVRE as terças feiras.
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