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Mínimo, múltiplo, comum, nova exposição da Pina Estação

Laura Lima: Alfaiataria

Foto: Reprodução

A Pina Estação apresenta a exposição coletiva Mínimo, múltiplo, comum a partir deste sábado, 19 de maio. A mostra reúne mais de uma centena de obras de seis artistas de gerações e círculos culturais diferentes: Amadeo Lorenzato (1900-1995), Chen Kong Fang (1931-2012), Eleonore Koch (1926), Marina Rheingantz (1983), Patricia Leite (1955) e Vânia Mignone (1967).

A exposição tem curadoria de José Augusto Ribeiro e apresenta trabalhos caracterizados por figurações simples, planas e sintéticas, às vezes no limite da abstração. Essas imagens reproduzem, no geral, cenas de solidão – pelo isolamento de seres e objetos, ou pelos espaços vazios, sem presença humana. Realizados a partir de 1960, os trabalhos compreendem, juntos, quase sete décadas de produção pictórica no Brasil, desde a época das primeiras mostras de Koch, Fang e Lorenzato  — cujas produções foram confundidas com variações do “primitivismo” — até hoje, momento no qual o circuito de arte contemporânea valoriza e acolhe, sem mediações, obras de artistas antes considerados “populares” e “ingênuos”.

As obras que compõem a mostra pertencem a mais de 60 coleções públicas e particulares de São Paulo e Belo Horizonte. Deste conjunto, sete estão sob a guarda da Pinacoteca, sendo seis de seu acervo (quatro trabalhos de Lorenzato, uma série de pinturas sobre xilogravuras de Vânia Mignone e a inédita “Gruta”, de Patricia Leite, recém-incorporada à coleção, por meio de doação do Iguatemi São Paulo), e uma pintura que integra a Coleção Nemirovsky, empréstimo de longa duração para a instituição desde 2006.

Mínimo, múltiplo, comum reúne cerca de vinte trabalhos de cada artista que a compõe, seleção realizada com o objetivo de formar um panorama representativo e abrangente dessas trajetórias. Esta é a primeira vez que uma instituição pública de São Paulo apresenta um conjunto tão significativo de obras de Amadeo Lorenzato – um artista que, em vida, realizou exposições apenas em Belo Horizonte, possuiu admiradores como o artista mineiro Amílcar de Castro e hoje é reconhecido nacional e internacionalmente. Também é a primeira vez que grupos importantes de obras de Chen Kong Fang (datadas a partir de 1994) e de Eleonore Koch (a partir de 2009)  são apresentados ao público.

Integram a mostra também trabalhos inéditos de artistas brasileiras em atividade, como Vânia Mignone, que estará na próxima 33ª Bienal de São Paulo, e outras que tem se destacado no circuito internacional, como Patricia Leite, que recentemente ganhou uma mostra em Bruxelas (Bélgica), e Marina Rheingantz, que atualmente possui exposição individual em cartaz em Nova York.

O recorte cronológico desta coletiva abrange quase 70 anos de produção pictórica no país. O público pode visitar a exposição até 17 de Setembro.

Foto: Reprodução

Serviço: Pina Estação – Mínimo, múltiplo, comum

 

Endereço: Largo General Osório, 66 – Segundo andar

Visitação: de 19 de maio a 17 de setembro de 2018

Horário: De quarta a segunda-feira, das 10h00 às 17h30 – com permanência até às 18h00

Entrada gratuita

 

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