Tudo em La Casa de Papel parece ter sido pensado para prender a atenção. Há o roubo, que acontece na Casa da Moeda espanhola e dura dias, os 67 reféns, a regra de não matar, a narração do que está por vir, o perfil misterioso do Professor (líder do crime) e, junto a tudo isso, a Netflix, que dividiu uma temporada em duas.
Cada um desses detalhes, dentre vários outros, justifica um pouco do sucesso que a série tem feito. Para quem já viu os primeiros episódios, eles são viciantes e agradam! Quer fazer um teste? Abra o Google e pesquise por “La Casa de Papel”. Uma das primeiras informações exibidas é a porcentagem dos usuários que gostaram da produção, um número que impressiona e beira a unanimidade.
Considerada por muitos a melhor série espanhola, La Casa de Papel mistura os sentimentos do público. Não há vilões e mocinhos bem definidos. Isso faz com que, a cada reviravolta, a torcida fique de lados diferentes. Para somar, há também a sutilmente explorada ideologia de que, com esse roubo, eles vão produzir o próprio dinheiro, sem tirá-lo de ninguém.
De modo geral, a série é agitada, tem seus romances, personagens bem característicos (com histórias muito humanizadas) e que entram o tempo todo em confronto com a ideia de um roubo. Aliás, talvez tamanho sucesso se deva, em parte, a isso: ela apresenta as emoções e os erros humanos justo em momentos que exigem frieza e assertividade.
Como toda produção que ganha fama, porém, essa também já recebeu diversas críticas ruins sobre roteiro, finalização de episódios, ações dos personagens e até sobre a interpretação dos atores. Veja!
Principais críticas negativas (spoilers leves!)
- mais do mesmo: entre comentários de adoradores de séries e do público em geral, La Casa de Papel foi caracterizada como simples, cópia, modinha e com diálogos pobres;
- muitos jovens: o fato da produção contar com personagens ainda jovens também desagradou alguns, que alegaram inexperiência nas atitudes e erros relacionados aos planos do Professor;
- personagem Raquel: a inspetora do caso, que enfrenta diversos problemas durante o roubo, é criticada exatamente por isso, por ter uma vida complexa demais e por algumas de suas atitudes;
- buracos no roteiro: diversos acontecimentos sem sentido também foram apontados. Um deles está ligado aos bandidos, que não vigiam corretamente os reféns, especialmente os que já causaram problemas.
Bem ou mal produzida, o fato é que a série faz muitas pessoas torcerem a favor do roubo, e aqueles que já assistiram algum episódio, geralmente desejam maratonar os outros o quanto antes possível!
O que esperar da segunda temporada de La Casa de Papel (sem spoilers)
Com a divisão dos capítulos em duas partes, a Netflix conseguiu provocar alvoroço entre os fãs da série. Mas enquanto o segundo lançamento (previsto para o dia 6 de abril) não acontece, restam especulações.
O fim do roubo
Entre as questões centrais, há a dúvida: o roubo será ou não concluído? Avaliando o que já aconteceu, os dois desfechos são possíveis já que muitas das ações dos bandidos deram erradas, mas outras tantas seguiram conforme o planejamento e deixaram os policiais em situações bem complicadas.
Há, porém, o fato de a primeira parte da série ter acabado em meio a uma descoberta completamente desfavorável aos ladrões. Com a identidade dos envolvidos em jogo (algo com o qual o líder sempre foi muito severo, tanto que fez todos serem chamados por nomes de cidades), seria esse o fim dos planos do Professor?
O número de episódios da segunda parte, além do ritmo até então tomado pela série, indica que não. Afinal, um roteiro com seis capítulos sobre o pós-roubo e o destino dos envolvidos precisaria ser muito bem escrito para conseguir manter o compasso frenético que caracterizou a produção na primeira parte.
Ao que já se sabe, muitas novidades foram reservadas para a continuação de La Casa de Papel. Algumas aparentemente contra o sucesso de qualquer roubo. Mas, considerando que as estratégias do Professor são brilhantes, pode ser que ele tenha previsto também os novos passos em falsos, e aí… Tudo pode acontecer.
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