Se você é fã de fotogramas e da era de ouro do cinema não pode perder a exposição em cartaz no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS – SP): Quando o cinema se desfaz, do artista cearense, Solon Ribeiro. A mostra traz um recorte da produção do artista através de vídeos, fotografias e instalações com base em fotogramas de filmes do cinema clássico das décadas de 1920 a 1960, incluindo uma área com monóculos com fotogramas de seu acervo original.
A exposição é composta do deslocamento desses fotogramas em vídeos e novas imagens fotográficas, demonstrando o desejo do artista de exorcizar essa herança que carrega ao longo de sua vida. Em suas mãos, os fotogramas são reconfigurados, ganhando um novo sentido na forma de instalações e projeções performáticas criando, assim, novos filmes e novos contextos e sentidos para as cenas originais.
Com vídeos e novas imagens fotográficas, ele ressignificou a coleção familiar que herdou com mais de 20 mil fotogramas de clássicos de Hollywood das décadas de 1920 e 1960, que eram cuidadosamente guardados em álbuns feitos especialmente para esse fim, contendo o nome e o ano de cada filme, bem como uma legenda com os nomes dos atores, criando outros contextos para as cenas, além de instalações e projeções performáticas.
Solon é formado em comunicação e arte e também autor dos livros “Lambe- Lambe Pequena História da Fotografia Popular” e “O Golpe do Corte”. Em 2016, o artista foi contemplado com o projeto O Golpe do Corte, no Rumos Itaú Cultural, em que propunha a preservação, a digitalização, a catalogação e a publicação desse acervo de fotogramas. Saiba mais no site.
Como muitos artistas contemporâneos, seu trabalho se volta para a problematização das imagens clichês, tendo em vista o fenômeno contemporâneo (já ecológico) da saturação de imagens. Com a herança dos fotogramas, dá-se uma espécie de reencontro no caminho traçado por Solon: encontro entre o percurso questionador do artista e suas primeiras experiências em salas de cinema. Com a volta de fantasmas hollywoodianos, seu trabalho sofre uma metamorfose. Solon e as imagens de Hollywood se fundirão num ato violento e revelador.
Segundo o curador, o artista Solon Ribeiro é da família dos inclassificáveis – não se enquadra em nenhuma categoria da arte tradicional. Do mesmo modo, o que faz como arte também não se coloca em uma gaveta, não deixa o pensamento se acomodar – é um turbilhão de coisas que remove tudo do seu lugar.
A exposição fica em cartaz até 8 de abril e ocupa todo o segundo andar do Museu.
Serviço – Quando o cinema se desfaz – Solon Ribeiro
Onde? MIS – SP – Espaço Expositivo 2º Andar
Endereço: Avenida Europa, 158 – Jardim Europa
Ingressos: R$ 10 inteira e R$ 5 (meia) – terças-feiras gratuitas
Maiores informações no Site.
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