A Cisne Negro Cia de Dança apresenta o espetáculo H.U.L.D.A no Sesc Pinheiros

Em comemoração dos 40 anos da Cisne Negro Cia de Dança, nos dias 24 e 25 de fevereiro (sábado, às 21h, e domingo, às 18h), no Teatro Paulo Autran, será apresentado o espetáculo H.U.L.D.A . História inspirada em relatos da trajetória da criadora da Cisne Negro e seus principais  bailarinos,  é espetáculo sobre “a alma da Cisne Negro, que é a dona Hulda e tudo que ela representa para a companhia em si e para a história da dança brasileira”, explica o diretor Jorge Takla.

Com título tirado das letras do nome de Hulda Bittencourt, o espetáculo H.U.L.D é formatado em cinco blocos: “H” representa horizonte. Neste quadro, Jorge Takla explora a luta e a perseverança de Hulda em prol de realizar seus sonhos. “U” representa união, e retrata a realização de Hulda ao criar a academia de dança Cisne Negro e as parcerias que garantiram o sucesso da instituição, como a do marido Edmundo Bittencourt e de suas filhas, Dany e Giselle. “L” materializa a liberdade que Hulda se permitiu para conduzir a companhia, inaugurada com muitos homens e com escolhas ecléticas de repertório. “D” de dança é a pluralidade da Cisne Negro, que não favorece apenas um estilo, mas as diversas manifestações de dança que existem. O encerramento se dá com o “A” que simboliza o amor e devoção de Hulda pela arte.

Trajetória da Cisne Negro Cia de Dança

Imagem – Divulgação

Como Hulda foi pupila de Maria Olenewa, bailarina russa que inaugurou as primeiras turmas profissionalizadas de balé clássico no Brasil, seu nome logo se tornou referência na área. Por isso, em 1977, passou a receber em sua escola de dança vários estudantes de Educação Física da USP. Sem nunca ter trabalhado como professora de homens antes, a bailarina aceitou o desafio. A partir daí, começou a longeva trajetória da Cisne Negro Cia de Dança.

Direção, coreografia e trilha sonora

A montagem estreou em 2017 e tem coreografia de Dany Bittencourt, coreógrafa e uma das diretoras artísticas do grupo, e Rui Moreira, ex- Cisne Negro e Grupo Corpo. Concebida a partir do roteiro de Jorge Takla, que também assina a direção geral, celebra a trajetória da companhia nestes 40 anos de existência, e a fundadora e segunda diretora artística, Hulda Bittencourt, bailarina e coreógrafa. A apresentação conta também com a participação da bailarina Ana Botafogo.

Para celebrar as quatro décadas, o Cisne Negro trouxe para perto de si profissionais relevantes no cenário da dança brasileira, com forte identidade com o grupo. Além de Dany Bittencourt, Rui Moreira e Jorge Takla, completam a concepção do espetáculo o músico André Mehmari, o figurinista Fábio Namatame, e o cenógrafo Nicolàs Boni.

Equipe de criação

Jorge Takla – Direção Geral e Roteiro

Formado na Ecole des Beaux-Arts (Paris)e no Conservatoire d´Art Dramatique  (Paris) atuou e dirigiu no teatro La Mama em New York de 1974 a 1976. No Brasil, Jorge Takla dirigiu e produziu mais de 100 espetáculos (entre Teatro, Musicais e Óperas). Entre eles, My Fair Lady, Vermelho, Jesus Cristo Superstar, Evita, O Rei e Eu, West Side Story, Mademoiselle Chanel, Vitor ou Vitória, Últimas Luas, Medéa, Electra, A Gaivota, O Jardim das Cerejeiras, Cabaret, Pequenos Burgueses, Madame Blavatsky, Lembranças da China, Fedra 1980 e dezenas de outras peças. Jorge Takla esteve à frente do Teatro Procópio Ferreira de 1983 a 1992 e é Grande Oficial da Ordem do Ipiranga e detentor do Titulo de Cidadão Paulistano.

Imagem – Divulgação

André Mehmari – Música

Pianista, arranjador e compositor, nasceu na cidade de Niterói-RJ em 1977. Considerado pela crítica “um artista singular de imaginação vibrante e generosa”, Mehmari veio para São Paulo em 1995, com seu ingresso no curso de piano da ECA-USP. Compositor prolífico e requisitado, apontado como um dos mais originais e completos músicos brasileiros de sua geração e premiado tanto na área erudita quanto popular, teve suas composições e arranjos tocados por muitos grupos orquestrais e de câmara, entre eles OSESP, OSB, Banda Sinfônica do Estado (para com a qual atuou como compositor residente no ano de 2007), Quarteto da Cidade de São Paulo e Quinteto Villa-Lobos.
Além de manter uma ativa carreira internacional de solista, criou duos expressivos com músicos como António Meneses, Mário Laginha, Gabriele Mirabassi, Antonio Loureiro, Danilo Brito, Hamilton de Holanda, Ná Ozzetti , Maria Bethânia e Mônica Salmaso.

Dany Bittencourt – Coreografia

Dany Bittencourt professora e coreógrafa, formada pela Royal Academy of Dancing of London, ARAD, atualmente é diretora artística da Cisne Negro Cia. de Dança e do Estúdio de Ballet Cisne Negro. A artista coreografou espetáculos icônicos na Cisne Negro, como Baobá, inspirado no livro O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry), Forrolins,  Atmosferas, Don Quixote e Sancho Pança Viajando pela Dança, Vem Dançar, Em Caso de.., ABACADÁ e Anéis. Como coreógrafa convidada trabalhou para o Ballet Nacional do Chile, Balé da Cidade de Taubaté e para a Ópera Don Giovanni. Em 2016 coreografou para a turnê internacional do tenor italiano Andréa Bocelli, nas cidades de São Paulo e Curitiba, com participação de bailarinos da Cisne Negro Cia. de Dança.

Imagem – Divulgação

Rui Moreira – Coreografia

Artista da dança, sua carreira teve inicio no final dos anos 1970 e está fortemente marcada por sua participação no Grupo Corpo (MG) e nas companhias Cisne Negro (SP), Balé da Cidade de São Paulo, Cie. Azanie (França/Lyon), Cia. SeráQuê? (MG), e atualmente na Rui Moreira Cia. de Danças (MG). Dedica-se a desenvolver criações coreográficas a partir de pesquisas e fusões entre linguagens cênicas promovendo interações com as matrizes culturais brasileiras. Construindo seu repertório como coreógrafo e como intérprete criador, interage com atores, músicos, bailarinos, dançarinos populares, de dança de rua, poetas, vídeo-makers, Dj’s, materializando uma linguagem gestual própria e contemporânea. No decorrer de sua trajetória vem coordenando trabalhos em importantes coletivos artísticos nacionais e internacionais.


Nicolas Boni – Cenário

Trabalha como cenógrafo em diversos teatros da América Latina, Estados Unidos e Europa. Entre os principais títulos estão as zarzuelas La Verbena de la Paloma, La Gran Vía,  Las nuevas armas de amor, Iphigenia en Tracia, La Villana e as óperas O barbeiro de Sevilha, Cavalleria Rusticana, Madame Butterfly, I Pagliacci, La voz humana, Carmen, os Contos de Hoffmann, Don Giovanni, La Rondine,  Lucia de Lammermoor, As Bodas de Figaro, entre outras. No ano de 2014 foi o cenógrafo de Salomé de R. Strauss no Theatro Municipal de São Paulo e das Bodas de Fígaro no Teatro São Pedro. Estreou as óperas Um Homem Só de Camargo Guarnieri, Ainadamar de Osvaldo Golijov no Theatro Municipal de São Paulo, Werther de J. Massenet para a Ópera de Colombia e I due Foscari de G. Verdi para o Teatro Municipal de Santiago do Chile. Em 2016 estreou em São Paulo e Rio de Janeiro Don Quixote de Jules Massenet com direção de Jorge Takla e o musical My Fair Lady com o mesmo diretor, também estreou Elektra no Theatro Municipal de São Paulo onde foi diretor técnico.

Fábio Namatame – Figurinos

Um dos mais renomados cenógrafos e figurinistas da área artística, Fábio Namatame formou-se um Publicidade e Artes Plásticas em 1981 pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). Ao fazer um curso de expressão corporal e depois de estudar com a atriz Denise Stoklos, começa a atuar em espetáculos de mímica para os quais ele mesmo criava figurinos e a maquiagem. A partir daí realiza trabalhos de direção de arte, cenário e figurino para os mais importantes espetáculos de teatro, ópera, publicidade, cinema e TV. Tem sido um parceiro assíduo da CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA assinando figurinos de várias obras do seu repertório.

As apresentações têm ingressos entre R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 40 (inteira).

Sobre a companhia 

Considerada uma das melhores companhias contemporâneas do país, a Cisne Negro Cia de Dança possui, dentro do seu repertório, obras socioeducativas, como: “Vem Dançar” – a história da dança através dos tempos”, “Don Quixote e Sancho Pança, Viajando pela Dança”, uma viagem pelas danças tradicionais brasileiras, sob uma ótica contemporânea e “Baobá”. Baobá é uma obra baseada na história de O Pequeno Príncipe e conta com uma discussão entre o Pequeno Príncipe e um Príncipe afro-brasileiro sobre a sustentabilidade do planeta. Os trabalhos da companhia se inserem dentro do panorama contemporâneo da dança ocidental, e consequentemente, desde o início, trabalha com coreógrafos inovadores.

Seus trabalhos já foram apresentados nas principais cidades do Brasil e também na África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, China, Colômbia, Cuba, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Moçambique, Paraguai, Tailân, Uruguai, China e Romênia, o grupo exibiu-se como um modelo de trabalho dentro da dança brasileira, um trabalho construído com profissionalismo e paixão.
Com uma visão eclética, participa de eventos diversificados: Em 2016 fez parte da turnê internacional do tenor italiano Andréa Bocelli, nas cidades de São Paulo e Curitiba, com coreografia de Dany Bittencourt e participação de bailarinos da Cisne Negro cia. de Dança.

Imagem – Divulgação

Sobre Hulda Bittencourt 

Hulda Bittencourt iniciou seus estudos com Maria Olenewa, pioneira do balé clássico no Brasil, especializando em dança clássica, contemporânea e folclórica, com renomados mestres nacionais e internacionais, em países como Inglaterra e França e em vários métodos de ensino, entre eles, o da Royal Academy of Dancing.

Imagem – Divulgação

Dançou em vários grupos, incluindo o Ballet de Cultura Artística. Participou também de óperas, operetas, musicais, tendo trabalhado por muitos anos na Organização Victor Costa (TV).  Entre os seus inúmeros trabalhos coreográficos destaca-se “O Quebra-Nozes, que recebeu em 1984 da APCA o prêmio de melhor espetáculo e melhor coreografia do ano.  Em 1977 fundou a Cisne Negro Cia. de Dança, onde é diretora artística, apresentando seu trabalho por todo o Brasil e internacionalmente, com o reconhecimento da crítica e do público, o que os consagrou como um dos melhores grupos de dança do país. A companhia tem em seu currículo diversos prêmios outorgados por vários seus trabalhos nesses 40 anos de existência.

Ficha Técnica

CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA
Direção Artística: Hulda Bittencourt e Dany Bittencourt
Direção de Ensaios: Dany Bittencourt
Assistente de Ensaios: Patrícia Alquezar
Professores Convidados: Armando Duarte, Boris Storokov, Christian Camus, Daniela Severian, Demis Moretti, Felix Valentim, Gisele Santoro, Henrique Lima, Lorena Merlino, Márcio Rongetti, Mário Nascimento, Mônica Kodatto, Paula D’Ajello, Sara Mazon, Roberto Amorim, Sérgio Marshall, Simone Ferro, Tereza Augusta e Vladimir Condereche.
Elenco: André Santana, César Dias Cirqueira, Clarissa Braga, Danilo Freitas,  Edson Artur, Felipe Silva, Fernando Souza, Giovanna Perez, Isabel Lima, Isabelle Dantas, Luiza Ginez, Mariana Paschoal, Renato Lima, Willian Gásparo.
Aprendizes: Liana Volpe, Giovana Melo e Luana Ferreira
Pianistas: Maria Inês Vasconcellos, Nilza Fernandes, Rosely Chamma
Camareira e Coordenadora Figurinos: Anarita Grigório do Nascimento
Fotógrafos:  Mauro Turzi, Reginaldo Azevedo, Tomas Kolisch Jr
Responsável Técnico: Eduardo Ferreira
Controler: Ivana dos Santos
Assessoria Executiva e Projetos Culturais: Maria Aparecida Fiorentin
Assessoria Internacional Cultural: Fernando Bittencourt Hersan
Produção e Novos Negócios: Maria Fernanda Sáfadi
Assistente Administrativa: Raquel Murano
Médicos: Dr. Afonso Pereira, Dr. João Buarque de Hollanda
Diretoras da Cisne Negro Cia. de Dança: Maria Luiza Crivelaro, Alison Steel.

H.U.L.D.A
Direção Geral, Roteiro: Jorge Takla
Música: André Mehmari
Coreografia: Dany Bittencourt e Rui Moreira
Figurinos: Fábio Namatame
Visagismo de Maquiagem : Chloé Gaya – Jacques Janine
Cenografia: Nicolas Boni
Cenotécnico: Denis Nascimento
Sonorização: Eduardo Ferreira
Iluminação: Ney Bonfante
Design Gráfico: Paulo Humberto L. de Almeida
Assistente de Direção Geral: Noemia Duarte
Assistente de Produção e Contraregra: Victor Gally

Serviço

H.U.L.D.A
Dias 24 e 25 de fevereiro de 2018. Sábado, às 21h e domingo, às 18h
Local: Teatro Paulo Autran– 1.010 lugares
Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência); R$ 12,00 (credencial plena do Sesc: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
Ingressos online em www.sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades do SescSP. Venda limitada a quatro ingressos por pessoa. Livre para todos os públicos.

SESC PINHEIROS
Endereço: Rua Paes Leme, 195.
Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.
Tel.: 11 3095.9400.

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; domingo e feriado, das 10h às 18h30. Taxas / veículos e motos: Credenciados plenos no Sesc: R$ 12 nas três primeiras horas e R$ 2 a cada hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 18,00 nas três primeiras horas e R$ 3 a cada hora adicional. Para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 18 (não credenciados).
Transporte Público: Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m

Para mais informações sobre teatro, acesse aqui.

Post Author: Jaqueline Oliveira

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