Filme da Fox estreou nos cinemas nessa quinta-feira (30)
Adaptado das obras de uma das autoras mais aclamadas do mundo, Agatha Christie, o filme Assassinato no Expresso do Oriente chegou às telas de cinema na última quinta-feira (30) com um time de atores de peso como Penélope Cruz, Michelle Pfeiffer, Willem Dafoe, Josh Gad e Johnny Depp, além do próprio diretor Kenneth Branagh que também é o responsável pela atuação no papel principal do detetive Hercule Poirot.
O filme que possui quase duas horas de duração, mostra a vida de todos os diferentes personagens com personalidades diferentes e marcantes (por vezes até caricatas demais), se encontrando no Expresso do Oriente. A trama se passa tranquila até que um dos passageiros é encontrado morto em sua cabine. A morte a facadas de Ratchett (Johnny Depp), um homem que já era conhecido por seu passado criminoso e suas atividades ilícitas, instiga Poirot a investigar o caso com os passageiros do expresso e seguir as pistas do crime.
Toda a investigação acontece enquanto o trem está parado devido ao descarrilhamento do primeiro vagão por conta de avalanche. O expresso, coincidentemente, só volta a andar quando descobrimos o desfecho do mistério do assassinato.
O que achamos:
Como é um filme baseado em obra literária, e não lemos o livro, tampouco vimos sua adaptação para o cinema em 1974, dirigida por Sidney Lumet, podemos apenas julgar o filme por si só. A versão atualizada da obra segue planos de filmagem muito interessantes, brincando com os espaços dentro do trem, e planos em movimento passando pelas janelas enquanto acompanha os personagens que conversam dentro delas.
Um ponto que nos decepciona é a falta de um bom suspense, mesmo esse sendo o ponto central do filme. O longa tem quase que um apelo cômico, mesmo sem ser exatamente um filme de comédia. O detetive no começo é muito forçado em sua extravagância e já nos coloca em uma posição de desapontamento, já que esperávamos um desenrolamento muito mais sério e sombrio de um verdadeiro suspense.
As coisas tomam foco durante a investigação e o detetive fica claramente como o protagonista da história. Todos os personagens, que são vistos como suspeitos, viram meros coadjuvantes. Poirot vai juntando algumas peças, mas as descobertas, principalmente no final, acabam surgindo sem que os espectadores possam acompanhar com precisão como que ele chegou aquela suspeita.
Uma das cenas mais legais é quando os personagens se alinham sentados em uma mesa, formando quase uma imagem da santa ceia. Além disso, há também uma menção à adaptação do livro de Agatha Christie, “Morte no Nilo”, para o cinema que já foi confirmada e que gerou algumas risadas entre os jornalistas presentes no cinema.
Em geral, o longa metragem é um bom entretenimento. Só não vá assistir esperando muito suspense. Pegue sua pipoca e aproveite uma viagem no Expresso do Oriente, que mesmo com um assassinato e assassino infiltrado, não te deixa tenso em sua cadeira de cinema. Junte as pistas e tente adivinhar o responsável pelo crime.
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