O gosto musical é feito por influências, identificações e, quando se permite, por descobertas. Assim, é possível que pais que escutam rock, mesmo que involuntariamente, influenciem os filhos a gostarem do estilo. Mas também é perfeitamente possível descobrir a música clássica e passar a admira-la simplesmente pelo o que ela é. Sem influências.
O único problema é que isso não acontece muito. Dificilmente se descobre o clássico por conta própria e é bem mais fácil encontrar o rock, o sertanejo, o pop e tantos outros estilos por aí, nas rádios, na TV, na vida.
Mas em pleno século 21, na era do Spotify, das redes sociais e da informação, se sujeitar apenas ao que é tocado na grande mídia não seria pensar um pouco pequeno demais? Aliás, sem uma recomendação do namorado, sem sugestões de parentes, sem influencias de amigos, você daria aos seus ouvidos a oportunidade de escutar música clássica?
Sim ao novo. Sim ao velho. Sim à música clássica.
Permitir-se conhecer um novo estilo de música é uma barreira para alguns, sendo quase uma traição aos ritmos já preferidos. Mas isso não deve ser assim, pois é apenas uma descoberta, é como experimentar um novo sabor de sorvete. Alguns podem amar pistache, outros vão continuar pedindo chocolate. Alguns vão se encantar com a música clássica, outros vão descobrir que realmente não gostam.
Em todos os casos, a chave da questão é experimentar. Caso contrário, os gostos serão sempre os mesmos, os ritmos iguais, as emoções já vividas e um mar de possibilidades ignoradas, em parte, por causa da não abertura ao novo, da não abertura ao velho. Em parte, por causa do preconceito criado a partir do que é dito pelos outros, por causa do acreditar apenas no que é dito e não experimentado.
Música clássica, assim como todos os outros ritmos, não é para idosos, não é para jovens e crianças, nem para homens ou mulheres, heterossexuais, bi ou homossexuais. Música clássica é simplesmente para todos que se dão a singela oportunidade de ouvi-las. Então, por que não tentar?
Grandes compositores e importantes músicas clássicas
Para começar esse novo “experimento”, tente o clássico dos clássicos, ou seja, artistas e músicas que você provavelmente já ouviu falar, mas que nunca parou realmente para escutar. A 5ª Sinfonia de Beethoven, por exemplo, já tentou ouvi-la sem se deixar interromper por pensamentos negativos e prejulgamentos?
Como um convite, aqui vão sete grandes clássicos que, se não agradarem o seu gosto, certamente vão contribuir com seu conhecimento cultural. Pare um pouco e se permita escutá-los com a mesma atenção que daria a uma nova canção da sua banda favorita:
- 5ª Sinfonia de Beethoven
- Clair de Lune – Claude Debussy
- Four Seasons – Vivaldi
- Canon in D Major – Johann Pachelbel
- Carmina Burana – O Fortuna
- In the Hall of the Montain King – Peer Gynt
- Marcha Turca – Mozart
Esses são grandes exemplos do que a música clássica tem para oferecer. Gostou de alguma em particular ou tem sugestões para fazer? Indique, compartilhe e faça novas descobertas nas seções de entrevistas com bandas, shows e lançamentos, aqui no E.T.C.