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Toulouse-Lautrec em Vermelho Traz um Pouco da Belle Époque de Paris a São Paulo

Toulouse-Lautrec em Vermelho

Dentre todas as formas de arte que existe, Henri de Toulouse-Lautrec escolheu a pintura. Com ela, no entanto, faz mais do que retratos, mostra sua visão de mundo, inusitada para a época e, no mínimo, curiosa. É isso o que pode ser visto na maior exposição do artista já feita no Brasil: Toulouse-Lautrec em Vermelho.

Ao todo, o Masp reúne 75 obras e 50 documentos do artista, que é considerado um dos mais importantes do final do século 19 e do início do século 20. Grande parte de seus quadros, revelam o que acontecia nas casas noturnas de Paris, quando a prostituição era regulamentada.

Assim, cada revelação feita em suas pinturas proporciona à exposição toda a intensidade que o tom vermelho tem. Veja!

Sexualidade e mulheres se destacam entre os quadros de Toulouse-Lautrec em Vermelho

Logo no início da exposição, se vê o que acontecia nas chamadas casas fechadas, os cabarés parisienses. E lá está um dos principais quadros da exposição, “O Divã”, no qual estão três mulheres sentadas no salão de entrada da maison La Fleur Blanche, a espera de clientes.

É também no começo da exposição que se encontra quadros mais explícitos, mostrando que o olhar do autor estava além do trabalho daquelas mulheres da noite.

Ele via, talvez como ninguém, a rotina, os gostos e a realidade da época, retratando o tédio das prostitutas, a rotina delas, a preparação e até cenas de intimidade, nas quais aconteciam beijos, carícias e, inclusive, sexo oral entre mulheres.

Outras seções da exposição

Além do cotidiano das mulheres que viviam nas casas fechadas, e de tantas outras (nobres, modelos, burguesas e lavandeiras), nas outras seções de Toulouse-Lautrec em Vermelho se vê também os retratos de homens daquela época, como “Paul Viaud em Almirante do Século 18”.

Por fim, há ainda dois espaços da exposição destinados à vida noturna de Paris. Nessa parte, aparecem retratos de bordéis, mas também de bares e outros lugares muito movimentados e frequentados por trabalhadores.

Ali, a violência, as bebedeiras e os mais sórdidos detalhes da noite parisiense não são deixados de lado. E tudo isso mostra também um pouco da vida desse importante artista, que passou a vagar pela marginalidade.

Mas nesse ponto da exposição, os cartazes de espetáculos estrelados por Aristide Bruant, um dono de uma casa noturna, e também por Jane Avril, uma famosa dançarina da época e amiga próxima de Toulouse-Lautrec, também se destacam.

Talvez a pintura, cartazes e posters de espetáculos antigos não sejam o tipo de arte preferida atualmente, mas a riqueza dos quadros produzidos por Toulouse-Lautrec, assim como os temas abordados, certamente merecem atenção.

Serviços

Duração da exposição: até 1º de outubro
Local: Masp – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Avenida Paulista, 1578)
Horário: de terça a domingo das 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30) | Quinta-feira, das 10h às 20h (bilheteria aberta até 19h30)
Valor: entrada gratuita às terças-feiras, nos outros dias: R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira)

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