Ícone do site E.T.C.

Resenha de Atômica: ação, lutas, ótima trilha sonora e muito girl power

Atômica Charlize Theron

Assistimos à pré estreia de Atômica com Charlize Theron e contamos tudo que achamos aqui

Na noite da última quarta-feira (25) fomos até o evento da pré estreia do filme Atômica estrelado por ninguém mais, ninguém menos que Charlize Theron. Além dela, estão no elenco o poderoso James McAvoy e os atores Sofia Boutella, John Goodman, Toby Jones e mais. Abaixo falamos um pouco sobre o que é o filme e resenhamos (sem spoilers) para vocês conferirem o que achamos.

Sinopse

O longa começa em novembro de 1989, o ano em que o muro de Berlim foi derrubado, mas bem…. “isso é outra história” como já diria a legenda na primeira cena. Lorraine Broughton é uma agente secreta que sai da Inglaterra para Berlim para investigar um assassinato de um oficial e conseguir recuperar uma lista de agentes duplos que estão agindo durante a Guerra Fria.

Logo na chegada à Berlim, ela deveria se encontrar com David Percival (James McAvoy), mas é surpreendida por agentes inimigos que já tornaram sua viagem desafiadora desde o começo. Com toda a sua exuberância, beleza e poder (que ela sabe que tem), Lorraine passa o filme quase todo sob interrogatório. Lá, ela fala sobre seus dias em Berlim. Cada passo, movimento, luta, descoberta, informações recolhidas e, claro, experiência de quase morte.

Veja o trailer de Atômica

Figurino

Um ponto forte logo à primeira vista é o figurino. Charlize aparece na primeira cena sem roupas, logo após um banho imersa em banheira cheia de gelo. Porém, logo em seu primeiro momento na rua – e completamente vestida – ela usa um trench coat branco de vinil que se não estiver nas vitrines de todas as lojas nos próximos meses, é um verdadeiro sacrilégio. A cena dela andando pelas ruas com essa roupa é do tipo que fica marcada por unir moda e cinema em um mesmo lugar.

Os próximos looks (foram diversos, quase todas as cenas tinham uma roupa diferente) eram todos muito bem executados. Alguns mesclavam referências modernas com as dos anos 80/90, mas sempre em cores sóbrias.

Cores

E, falando nelas, as cores também têm seu protagonismo, usando o ritmo da história a seu favor. No começo o branco era o início, quando ainda estávamos sendo introduzidos ao cenário. Depois, o claro vai dando lugar ao preto, oras com bloco de cores mesclando os dois, ora com cinza em seu casaco, até que deu autonomia total ao escuro.

Foi somente no final que o trench coat vermelho teve sua luz ao sol, nos indicando uma longa jornada de sangue até aquele momento, além de evidenciar ainda mais o poder da protagonista. O casaco marca tanto nas cenas finais que chega a ser icônico. O momento em que ela o pega, chacoalha (vocês verão <3) e o leva consigo é muito bonito de se ver.

Direção

Outra coisa que me chamou atenção foi o primeiro enquadramento em que aparece Charlize. Pois ela está entrando na banheira cheia de gelo, toda machucada, vermelha e roxa de todas as lutas pelas quais tinha passado. Logo após sair do banho, ela retira alguns gelos usados, os põe em um copo e coloca vodka para acompanhar. Uma bebida para descer quente depois de um banho tão gelado. A vodka com gelo também aparece em outras cenas e faz parte da história quase que como todo outro personagem.

Como disse anteriormente, as cenas de luta estão incríveis, muito bem dirigidas e até nas que têm mais duração, ficamos parados, hipnotizados pela ação o tempo inteiro, além, claro, de ficarmos olhando Charlize no maior clima “Bad Blood” da Taylor Swift. Impossível não lembrar da loira do pop com o corte de cabelo que virou sua marca na era do álbum “1989” que é, curiosamente, o mesmo ano em que se passa o filme.

Roteiro

Apesar de tudo o que eu citei acima ser bom, o que realmente nos deixa de queixo caído é, sim, o roteiro. Muito bem elaborado, ele não deixa o filme ser apenas mais um de ação, com agentes e ótimas cenas de lutas (e que cenas!). As falas também foram muito bem pensadas com tons de ironia para conversar até com o público que assiste de forma indireta. Além disso, o filme tem plot twit dos bons, duas personagens femininas que são basicamente a chave de tudo, com cartas na manga essências. Elas quase nos fazem gritar “que mulherões da porra” – e só não fazemos isso porque não é adequado gritar no cinema.

Lorraine é uma personagem incrível. Ela tem tudo! A beleza, a garra, o poder, a ganância, a independência, a autonomia, a certeza de que ela pode fazer tudo que ela quiser fazer e ser tudo que ela quiser ser. Porém, apesar de tudo isso, ela consegue ser real porque não é imbatível. Ela apanha muito nas quase duas horas de filme e temos uma indicação disso logo no começo.

E mais

Outro ponto de levantar e bater palmas para a produção, foi a trilha sonora cheia de hits dos anos 80 e as referências da época no meio do filme de forma que chega a ser cômica. Um exemplo disso é um dos personagens jogando Tetris enquanto matava tempo no horário de trabalho – um trabalho bem sério, inclusive.

A cereja do bolo é a atuação de James McAvoy que está impecável e as cenas em que tanto o personagem dele, quanto Lorraine, olham para a câmera. No caso dele, são sempre falas que são jogadas para o público com intensidade, enquanto ele “supostamente” estava falando com outro personagem em cena. Já para ela, foi suficiente um único olhar longo e intenso para a câmera para que sentíssemos seu poder através da tela de cinema.

Atômica é realmente uma produção fenomenal em todos os sentidos. Sentimos cheiro de sucesso no ar e a Universal Pictures já pode comemorar. Não perca  a estreia do filme nos cinemas no dia 31 de agosto.

Confira mais resenhas de filmes aqui.

Sair da versão mobile