O álbum que leva seu nome contém faixas autobiográficas e beats eletrônicos cativantes
O cantor baiano Irmão Carlos lançou recentemente o primeiro álbum solo de sua carreira. Inspirado em músicos como Raul Seixas e Tim Maia, ele carrega influências de punk e new wave para dar vida a seu trabalho que possui o objetivo, assim como todas as suas composições, de retratarem a sua vida e o cotidiano.
Com dez faixas autorais, o disco levou cerca de dois anos para ficar pronto, entre as primeiras composições e os toques finais – e essenciais – de mixagem e masterização. Gravado no Caverna Som, em Salvador (BA), o disco foi produzido pelo próprio músico e conta com letras reflexivas e animadoras, como é o caso da faixa “Eu sei do movimento” que nos encoraja a dançar como se ninguém estivesse vendo.
“Expor minha própria vivência é o modo que encontrei para resolver as tretas comigo mesmo. Pode parecer estranho, mas é assim que funciona. Vou do cotidiano ao existencialismo, da causa ao problema, do café da manhã à insônia, da angústia mais pesada ao prazer”, explica o cantor.
O álbum também conta com participações de artistas convidados, são eles: o guitarrista Alexandre Tosto (Scambo), da Banda IFÁ Afrobeat, Eric Assmar, AndelFalcão, Junix e Enio.
Sob influência das músicas dos anos 70 e 80, black music, música eletrônica, blues e, claro, da música brasileira, o cantor baiano consegue fazer uma música que se difere de tudo que você já ouviu esse ano. O álbum é de uma alegria contagiante com guitarras, backing vocals que nos levam a reviver a música de décadas passadas e beats que nos levam para décadas a frente de nosso tempo.
Os instrumentos e elementos todos são colocados tão bem que nos levam a querer decifrar um pouco mais de cada um, enquanto escutamos as faixas e prestamos atenção às suas letras.