Relize se reinventa com lançamento do clipe “Cai o Rei”

Duo lança o clipe com exclusividade para o E.T.C. e marca uma nova fase para os músicos

Marcio Lua (Voz/Bateria) e Igor Santos (Voz/Guitarra) são dos dois integrantes da Relize que após mais de quatro anos como banda, ressurge como um duo e cria uma sonoridade ainda mais madura e objetiva do que a vista antes. E é assim que eles lançam o clipe de “Cai o rei”, com exclusividade ao nosso site e mostrando ao público que já os acompanha uma nova faceta, além de se apresentarem para novos públicos.

Em conversa com os integrantes, eles nos falam que a banda já se encaminhava para ser um duo em 2016, mas foi somente nesse ano, depois de algumas trocas de integrantes, que eles resolveram firmar de vez o formato em duo. A formação somente com os dois, pode parecer estranha para quem está acostumado a ver sempre uma banda inteira, mas é realmente o que a Relize mais precisava nesse momento para crescer e criar uma identidade muito mais forte.

Sobre o novo momento da banda, os integrantes reforçam a ideia de um recomeço. “É mais um degrau que subimos com o objetivo de tornar nossa música relevante e buscarmos nosso espaço no atual cenário independente”, diz Márcio. Já Igor reintegra a felicidade do lançamento e de seguir trabalhando com o que se ama: música. “Estamos felizes por poder continuar e ainda conseguir manter pessoas interessadas no que estamos fazendo. Acho que estamos muito mais perto do futuro”.

Com letra que fala sobre sistemas políticos falidos, corrupções e a sociedade que clama por mudanças, a música “Cai o rei” apresenta uma música que combina bateria, guitarra e voz do duo e se posiciona em relação ao momento político do país.

Assista ao clipe de “Cai o rei” do Relize

Abaixo falamos com eles sobre um pouco mais do processo de mudança da banda, além, claro, da produção do clipe que você acabou de ver acima. Confira:

E.T.C.: Como foi o processo de fazer tudo como banda e depois como duo?

Igor Delfino: Em 2016 eu estava tocando baixo na Relize e senti que estava perdendo o controle das composições da banda. Eu e o Marcio apresentávamos muitas letras, muitas ideias que não estavam sendo desenvolvidas pelos guitarristas anteriores. “Cai o Rei” é praticamente a única música que criamos no ano passado e isso me incomodava bastante já que como baixista na época eu não queria “invadir” o espaço do guitarrista que é criar a melodia.

Por conta disso, resolvi voltar para a guitarra que é meu instrumento de origem e dar essa vazão de composições. “Cai o Rei” teve muitas alterações e as gravações dessa música foram feitas praticamente no formato duo. Eu toquei as guitarras, violão, baixo, vocais, e o Marcio fez bateria e backing vocals. Já o Junior, que tocava conosco na época, gravou algumas guitarras adicionais.

O formato duo é simples e objetivo, assim como nós dois. Não temos muita frescura com as coisas, as decisões, a direção, os planejamentos e a ideia andam juntas. Não é mais preciso demorar 5 dias para todo mundo confirmar um ensaio ou uma reunião, agora em 5 minutos se resolve.

Mas, quando fizemos o primeiro ensaio oficial como um duo, estranhei um pouco – o Marcio nem tanto. Decidimos que algumas músicas não funcionavam mais, seja pela linguagem ou pelo estilo de som. O nosso repertorio de hoje é uma coisa mais profunda, mais de energia mesmo. Tem musicas mais rápidas, outras mais lentas mas a energia que a gente aplica nelas é diferente para não deixar lacunas e isso acaba transmitido para o público.

E.T.C.:Como foi a produção do clipe? O que esperam que as pessoas vejam nessa produção?

Marcio Lua: Desta vez nós já fomos com tudo previamente definido em termos de cenário, luz e etc, então foi mais tranquilo. O Alexsander C. Pena dirigiu o clipe e captou perfeitamente o que queríamos passar – inclusive superou nossas expectativas.

Esperamos de alguma forma conscientizar todos que assistirem de que é preciso mudar e principalmente votar com responsabilidade para revertermos esse quadro terrível de corrupção e descaso que assola toda a classe política brasileira.