Ícone do site E.T.C.

Exposição do Nirvana é aberta no Rio de Janeiro

Nirvana: Taking Punk to the masses

Divulgação

Fomos convidados pela Samsung para acompanhar a coletiva de imprensa e a visita guiada à exposição de um dos maiores nomes do rock mundial

A banda Nirvana acabou em 1994 junto com a morte do seu vocalista Kurt Cobain, mas o nome da banda nunca foi esquecido. Pelo contrário, seu nome continua a mobilizar jovens e adultos com suas músicas e a inspirar artistas independentes e alternativos a continuarem o seu caminho na música.

É com essa proposta, de preservar a história da banda e compartilhá-la com o mundo, que a exposiçãoNirvana: Taking Punk to the masses” foi criada e estava há seis anos na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, no Museum of Pop Culture. Agora, a segunda cidade no mundo a receber a exposição é o Rio de Janeiro. Com filas logo no primeiro dia de abertura, a exposição está localizada no Museu Histórico Nacional e é realizada com o patrocínio da Samsung, em parceria com o Ministério da Cultura e com realização do Instituto Dançar.

A coletiva de imprensa nessa quarta-feira com o curador, Jacob McMurray, revelou algumas curiosidades com relação à exposição que já reuniu 3 milhões de pessoas em Seattle e que, algumas delas, segundo ele, vão até vestidos como o vocalista.

A mostra é separada em salas que possuem diversos ambientes e que acabam por narrar um pouco do que foi vivido pela banda. Com o apoio de Dave Grohl (ex-baterista do Nirvana e atual vocalista da banda Foo Fighters) e de Kourtney Love (que foi casada com Kurt) – que doou itens e ajudou a organizá-los, a “Taking punk to the masses” apresenta mais de 200 itens entre: instrumentos usados, a primeira guitarra quebrada por Coubain em um show de 1988, roupas, fotografias, discos que influenciaram no trabalho da banda, desenhos de Kurt e até as setlists dos shows no Brasil em 1993 escritos à mão por Dave Grohl.

Logo na entrada são apresentados os integrantes da banda, junto com instrumentos usados por cada um deles. Em outra sala, esta dedicada a contar um pouco sobre a gravação do disco In Utero (1993), estão o manequim, setlists e até uma parede com discos que serviram de inspiração para a banda e que podem ser ouvidos pelos visitantes.

As fotografias que estão na mostra não foram ampliadas. Segundo o curador Jacob McMurray, a escolha se deu para que ficasse ainda mais clara a identidade que a banda carregou de ser exatamente uma banda de garagem amadora que levou seu estilo alternativo das roupas às músicas.

Além dos objetos, a exposição também conta com algumas interações, como um fundo azul que simula a água de uma piscina e uma nota de dólar para os interessados em reproduzir a capa emblemática do álbum “Nevermind” (1991); e a sala em que os visitantes podem gravar suas reações ao ouvirem grandes clássicos da banda.

A mostra não possui proporções gigantescas e alguns dos itens que estavam em exibição nos Estados Unidos não puderam ser trazidas ao Brasil por restrições dos donos dos objetos. Porém, alguns registros da banda no Brasil que não estavam na mostra original foram adicionados.

Foram dois anos para unir os itens que foram comprados em leilões ou recebidos por meio de doações. McMurray ainda conta que a banda Nirvana deixou vários objetos de acervo nos quatro cantos do mundo, ora quebrando instrumentos, ora simplesmente deixando-os para trás.

Orgulhoso de tudo que conseguiu unir, do público massivo em Seattle e pelo início da exposição no Rio de Janeiro, o curador conta que o único item que gostaria, mas que não teve acesso, foi a guitarra usada por Kurt Cobain nas gravações do clipe “Smells Like Teen Spirit”.

Uma das curiosidades é com relação ao manequim usado na capa de In Utero (1993) que está em exibição no Rio enrolada de plástico Insulfilm pois alguns dos órgãos caíram durante a viagem para a cidade.

Outro ponto interessante é exatamente a escolha do Museu Histórico Nacional que ao mesmo tempo que entra em contradição com a exposição, também cria um contraponto interessante ao sairmos dela agitados com a rebeldia de uma banda jovem e com o rock n’ roll nas veias, e vermos carros antigos em exibição no estacionamento do Museu.

A “Nirvana: Taking Punk to the masses” fica aberta para o público no Rio de Janeiro até o dia 22 de agosto quando começará a ser transferida à cidade de São Paulo. Por aqui, a mostra abre somente no mês de setembro.

Uma contrapartida proposta aos organizadores na coletiva de imprensa, foi abrir projetos de apoio ás bandas de rock das cenas independentes nacionais já que a Nirvana é um símbolo para as bandas undergrounds. Jacob se interessa pela ideia e promete pensar em algo para a capital paulista.

Serviço – Nirvana: Taking Punk to the masses

Local: Museu Histórico Nacional – Praça Mal. Âncora, s/n – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Datas: de 22 de junho a 22 de Agosto.

Ingressos:

R$25,00 de terça a quinta-feira (R$12,50 meia entrada)

R$35,00 de sexta a domingo (R$17,50 meia entrada)

Vendas para Rio de Janeiro: AQUI

Vendas para São Paulo: AQUI

Horários de visitação: de terça a sexta, das 10h às 17:30h |

Sábado, domingo e feriados, das 13h às 17h

Classificação: 16 anos

*escrito com a colaboração de Rodrigo Mazzoleni

Sair da versão mobile