Série original Netflix, Girlboss, foi lançada hoje e é inspirada na história de Sophia Amoruso criadora da Nasty Gal
A crise dos vinte anos chega para todo mundo. Sempre há aquela fase de não saber exatamente o que fazer. De se sentir perdida enquanto nada dá certo ou enquanto devemos entrar no caminho pelo qual não queremos andar para que possamos ter alguma esperança no futuro. E é exatamente assim que a história começa em 2006, com Sophia Amoruso ainda com 23 anos.
“A vida não é sobre encontrar-se. A vida é sobre a criação”, frase de George Bernard Shaw é uma das que Sophia cita em sua entrevista à revista ÉPOCA – e ela certamente criou! O seu império online, que nasceu a partir de reformas em peças vintage e vendendo-as no Ebay, virou um hit mundial e criou ainda mais burburinho no mundo fashion após o lançamento de seu livro “Girlboss”.
O livro que é considero um must para quem quer ingerir boas doses de motivação, agora é série de TV e nela a personalidade de Sophia na versão livre – “muito livre”, como dito pelos próprios criadores da série – dão uma ênfase em sua fase inicial e de como ela foi de uma jovem que roubava coisas e pegava outras do lixo, à mulher de sucesso que na qual se tornou anos depois.
A série é uma comédia daquelas que grande parte das mulheres vão adorar assistir. Mesclando a história, com as loucuras de Sophia (Britt Robertson) e sua amiga Annie (Ellie Reed), e seu um relacionamento/namoro que dura quase que a temporada inteira; a série vai de biográfica, comédia até romance. Mas, o ponto crucial da narrativa – a parte de sua carreira – é a amizade com Annie e sua importância quanto apoio para ela ao longo de suas lutas para tornar-se cada vez melhor.
‘Girlboss’ é sobre ser independente e não ter medo de tentar ou de quebrar a cara uma, duas, três vezes se for preciso. E, principalmente, não deixar que te subestimem por ser mulher ou por qualquer outro motivo. Fica muito claro na série, também, a ideia de quando uma coisa não dá certo, uma outra solução pode vir logo em seguida e ser ainda melhor do que a primeira.
Sobre a personagem
A primeira impressão que temos de Sophia Amoruso é que ela é completamente louca e está perdida na vida adulta. Em meio ao caos de sua vida, ela descobre o seu sentido (vender roupas antigas reformadas online) e começa a ficar obcecada com a possibilidade de viver – e crescer – com isso.
Sophia é a típica pessoa que não está nem aí para o que os outros têm a dizer sobre ela. Se ela tem vontade de fazer algo, simplesmente vai lá e faz. Se não tem, a sua teimosia grita, desabafa, mas se é realmente necessário, ela vai lá e também o faz. Foi assim com o emprego em uma universidade que ela só entrou para conseguir um seguro saúde. E é com essa personalidade forte, que ela também se mostra em alguns momentos muito egoísta, principalmente, quando seu negócio começa a crescer e dar certo no Ebay.
Crítica
O tom de humor com as loucuras da Sophia e da Annie – a medida em que a vemos crescer – faz com que queiramos continuar assistindo até acabar. Porém, como ela conta dois anos de trabalho em 13 episódios de cerca de 20 minutos cada, as coisas para Sophia em alguns momentos parecem acontecer rápido demais, mesmo vendo seus momentos de fracasso.
‘Girlboss’ tem vários momentos que deixam claro o empoderamento feminino, a força que as mulheres têm em si próprias e, mais ainda, umas com as outras. E, apesar de todas as loucuras, vemos Sophia crescer, amadurecer, ter sucesso naquilo que ela acredita que seja o seu “propósito por ter vindo a esse planeta”, sem perder a essência que ela tem de melhor.
https://www.youtube.com/watch?v=4CQgxe9MZE0