Além de expor detalhes da Sagrada Família, a mostra “Gaudí: Barcelona, 1900”, trás também maquetes, imagens e réplicas de obras incomparáveis
Para quem já conhecia os trabalhos de Antoni Gaudí, a exposição serve como confirmação da admiração. Porém, para quem não o conhecia, um novo mundo é descoberto e a surpresa e até a incredulidade – diante de tantas obras incríveis e incomuns – são os sentimentos predominantes.
Tudo isso seria possível apenas com imagens das construções de Gaudí, mas a exposição possui muito mais do que fotos (que impressionam)! Ao todo, são 46 maquetes, 25 peças criadas pelo mestre catalão e diversas réplicas de suas criações, que refletem o pensamento do artista e revelam uma época em que criação artesanal fundamentou a industrial.
Ao passo em que se vê as criações de Gaudí, uma pergunta é inevitável: Como ele fez tudo isso? E as respostas para essa dúvida estão lá também. Nas paredes, leem-se explicações sobre os processos criativos do famoso arquiteto catalão, que ajudam na compreensão das obras, mas que, principalmente, contribuem com o entendimento da complexidade delas.
Com isso, descobre-se que, nos detalhes dos muitos trabalhos de Gaudí, foi a natureza quem ditou a regra, sendo ela a grande inspiração para belas obras de arte.
O trio
Em todo jardim, por mais cuidado e bem planejado que ele seja, sempre há uma flor de destaque. E neste caso não é diferente. A exposição – que também contém materiais de outros artistas e artesãos da Barcelona de 1900 – deu ênfase (muito merecida, por sinal), para três importantes obras de Antoni Gaudí. São elas: a Casa Milà (também conhecia por La Pedrera), a Casa Batlló, e a famosa Sagrada Família, um dos trabalhos mais conhecidos do artista, e que ainda não foi finalizado.
São essas três construções que, juntas, ditam o nível de curiosidade dentro da exposição, fazendo com que os visitantes parem a cada novo detalhe exposto, a fim de saber mais, e mais, e mais, sobre esse mestre que tanto contribuiu com a arquitetura, tornando-se um grande exemplo e, certamente, um mestre admirado em qualquer lugar do mundo.
E quem ainda duvida de toda essa genialidade de Gaudí, basta ver e ler um pouco mais sobre suas obras de arte, que as incertezas se acabam e admiração começa. Veja só:
Casa Milà (La Pedrera): esta é uma casa abstrata, repleta de curvas, ornamentos, escadas, passadiços, esculturas no terraço e até chaminés (30 ao total) com formatos jamais vistos. Na parte interior da casa, não há apartamentos iguais, cada um deles é único, já que as paredes não seguem sua tradicional função de sustentar. Em 1984 foi declarada, pela UNESCO, como Patrimônio Mundial da Humanidade, assim como a Casa Batlló e a cripta e a fachada do Nascimento da Sagrada Família.
Quer ver mais? Faça um tour virtual, através do site oficial da Casa Milà. Clique aqui!
Casa Batlló: também chamada de “casa de las máscaras” e “casa de los huesos”, pois tem elementos em sua fachada que se assemelham a máscaras e ossos. No ambiente, os muros ondulados, as cores, os espaços inusitados e as cerâmicas e os vidros quebrados, fazem com que a obra seja um belo exemplo do tamanho da criatividade e imaginação de Gaudí. Uma das interpretações sobre a casa sugere que ela tem referências ao padroeiro da Catalunha, São Jorge e o dragão.
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Sagrada Família: riquíssima em detalhes, a igreja é um ícone da arquitetura modernista de Barcelona. Assim como outras obras de Gaudí, ela também possui curvas e formas que fazem referência à natureza. Em suas ornamentadas fachadas, é contada toda a história de Jesus, desde o nascimento, até a morte. Gaudí, porém, só viu a fachada do Nascimento ser construída. O arquiteto morou na igreja por 15 anos e, após falecer, teve seu corpo enterrado na cripta da Sagrada Família, onde permanece.
Quando finalmente for concluída, o templo terá 18 torres, que serão dedicadas aos apóstolos, aos evangelistas, à Virgem Maria e à Jesus.
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Mas se você quer mais do que o virtual e não tem planos de ir para Barcelona nas próximas semanas, vá à exposição e confira o máximo que foi possível transportar dessas (e de outras) incríveis construções.
Na exposição “Gaudí: Barcelona, 1900”, é possível, por exemplo, ver não só uma maquete da Sagrada Família, como também conhecer detalhes das colunas, e até ficar embaixo da abóbada do cruzeiro da Basílica, que em Barcelona fica a 60 metros de altura.
Mas atenção, pois o tempo para contemplar as obras de Gaudí em São Paulo está acabando:
Data final da exposição: 05 de fevereiro de 2017
Horário: de terça a domingo, das 11h às 20h (a entrada é em ordem de chegada)
Local: Instituto Tomie Ohtake, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés, 88), Pinheiros – São Paulo.
Bilheteria: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia) – Toda terça-feira a entrada é gratuita. Compre aqui!
Veja abaixo outras fotos da exposição: