Resenha: As Mil Noites (E. K. Johnston)

 AVISO: Nessa história não há o uso de nomes, se chamam apenas pelos substantivos como: irmã, sua graça, mãe de meu coração, e assim por diante. A história é toda escrita em primeira pessoa, inclusive a parte do demônio (mas isso vai estar mais a frente).

A maldição do rei

“Lo-Melkhiin matou trezentas garotas antes de chegar à minha aldeia em busca de uma esposa. Aquela que ele escolhesse seria uma heroína. Ela permitiria que todas as outras vivessem.” É assim que começa o livro ‘As Mil Noites – A história que nunca foi contada…’, a protagonista está preocupada com a chegada do rei, a sua aldeia seria a próxima parada dele para escolher a sua nova esposa. Já foram tantas que todos perderam as contas. Essa era a lei: quando uma esposa morria a próxima aldeia da lista teria que permitir a partida de uma de suas garotas diretamente para os braços dele, porém, muitas das que chegaram ao altar com ele, morreram após o casamento.

A protagonista está preocupada por conta da irmã. Elatem a certeza absoluta que a sua irmã será escolhida, afinal ela é a filha mais bela de seu pai. Então ela pegou um dos melhores dishdasha (um traje típico), que ela e sua irmã fizeram juntas, fez um dos melhores penteados e assim estaria pronta para se oferecer em sacrifício no lugar de seu irmã e de todas as outras garotas de sua aldeia.

Pela primeira vez era ela que atraía os olhares por onde passava, e não sua irmã. Enquanto algumas garotas estavam com as cabeças raspadas na tentativa de ficarem feias e não serem escolhidas, ela estava linda. Sua irmã não estava nem um pouco feliz, muito menos sua mãe, mas já estava decidido. Foi feito! O rei chegou.

Escolhida. Foi ela que chamou a atenção de Lo-Melkiin e que iria com ele para o palácio.

Em sua aldeia, era de costume que se montassem um santuário para os deuses menores da família. Eles reverenciavam os familiares mortos por acreditar que esses sempre estão olhando por eles e protegendo de todo mal. Não foi diferente na sua partida. Sua irmã montou um santuário para ela ao lado dos Duses menores de sua família. Todos já esperavam que ela seria morta em breve. Pois, se foi assim com todas as garotas, por que seria diferente com ela?

O boato era de que o rei estava possuído. Ele nunca foi o mesmo depois de voltar de uma de suas caçadas no deserto. O que dizem é que ele foi possuído por um “demônio do deserto”. Esse “demônio” dominou Lo-Melkiin, que estava preso em seu próprio corpo e totalmente sem controle sobre si, podendo apenas assistir o demônio consumir vida de todas aquelas com ele já se casou.

O demônio que possuía o rei sentiu algo diferente nessa nova rainha que escolhera. Ela não era como as outras. Ele sentia algo diferente, algo especial. Ele sabia que ela era tão poderosa quanto ele e que ele precisava dela por perto. E assim ela sobreviveu um, dois, dez e muitos outros dias. Mas por que será que ela era tão poderosa?

 

 

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A história que nunca foi contada…

Noite após noite ela se mostrava mais forte, não poderia apenas ter seu poder consumido e descarta-la.  A meu ver esse poder vinha das orações de sua irmã. Ela se tornou uma deusa menor assim que partiu, sua irmã não parou um segundo suas orações. E isso lhe deu todo o poder – ela sabia disso – ela sabia também que ela era a única que poderia salvar a todos desse demônio.

Ela queria rever sua família e acabar com tudo isso, mas o demônio sempre conseguia o que queria e, dessa vez, não seria diferente. Ele não ia deixar que ninguém o parasse. Será que ela é mesmo tão poderosa e seria no fim uma heroína de verdade ou apenas mais uma que pertencia ao longo número de esposas mortas pelo demônio que dominara Lo-Melkiin?

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A história é boa, gostei bastante dos detalhes sobre os costumes, e do fato de ser toda contada em primeira pessoa. Confesso que não foi um daqueles livros que peguei e não larguei mais, e quando chegou no poento em que prendi a atenção a história acabou.

Eu adorei a capa simples, principalmente as cores e a letra dourada. Outra coisa que eu gosto muito, não só nesse livro, é o papel na cor amarelada.

Recebi o livro na minha primeira mala do “Turista Literário” no mês de setembro. O Turista é uma assinatura mensal onde recebemos um livro surpresa e itens sensoriais que são escolhidos com carinho e que tem alguma relação com a história! Para saber mais acesse www.turistaliterario.com.br 😉

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Minha primeira mala do Turista Literário!

 Informações do livro:

ISBN: 978-85-8057-981-9

Autor: E. K. Johnston

Editora: Intrínseca

Post Author: Bruna Camilo

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