O espetáculo, que tem agradado crianças e adultos, fica em cartaz no Teatro Cetip até o dia 27 deste mês
Ela é uma verdadeira estrela no mundo dos musicais. Protagonizou a maioria dos espetáculos da Broadway no Brasil, como “A Bela e A Fera”, “O Fantasma da Ópera”, “Mamma Mia” e “A Noviça Rebelde”, mas como cantar e interpretar não bastou, Kiara Sasso resolveu se desafiar ainda mais e, dos palcos, foi para a direção! Assim, ao lado do parceiro Lázaro Menezes, ambos conseguiram, do zero, criar a peça “O palhaço e a Bailarina”.
No palco, e com toda a magia que o teatro pode ter, o que se vê é uma verdadeira história de amor, onde o palhaço (Lázaro Menezes) luta para encontrar e salvar sua doce Anabel, a bailarina (Kiara Sasso), que é trancada dentro de uma caixinha de música e obrigada a trabalhar para o vilão da peça, chamado Tombo (Marcelo Goes), um fracassado domador de leões.
E no meio de toda essa trama, três pontos se sobressaem: a caixinha de música, a qual a peça literalmente gira em torno; a interação dos artistas com as crianças, que estimulam verdadeiras conversas no desenrolar do espetáculo; e a personalidade de Anabel, que desafia o seu “carcereiro”, sonha e luta pelo amor do palhaço, mas que, acima de tudo, busca por sua liberdade e vontade de voltar a ser o que sempre quis: bailarina equilibrista, no ar, no circo!
Sobre esses traços independentes e a forte personalidade da bailarina, Kiara Sasso revelou como os construiu e acabou contando um pouco sobre a produção geral da peça, que é a primeira em que ela acumula as duas funções: de atriz e diretora. Confira abaixo a nossa rápida entrevista:
Como foi participar do processo de criação do espetáculo e da sua própria personagem?
Kiara Sasso: O mais interessante é que esse é um personagem que eu crie! Eu e Lázaro que demos o tom, o entrosamento entre os dois [o palhaço e a bailarina], e pensamos em como fazer a relação ser interessante, de modo a conversar com a geração de hoje, pois as meninas já não estão mais esperando o príncipe encantado. Todas elas são muito fortes, decididas e independentes, vide Frozen, onde a Elza nem príncipe tem.
Conta um pouco mais sobre a bailarina e como está sendo interpretá-la?
K.S.: É muito bacana interpretar algo que criamos realmente do zero. Eu que estou tão acostumada a fazer espetáculos que já chegam prontos, que já foram para tantos lugares e foram feitos por milhares de atrizes, tento sempre dar o meu toque, mas agora sou pioneira, participei inclusive do visagismo da bailarina e isso tudo é demais!
Quanto à minha personagem, posso adiantar que ela é muito interessante pelo fato de ser doce, mas ao mesmo tempo ser muito espevitada. Ela dá bronca no palhaço, luta contra o vilão e é multifacetada.
O que mais te encanta na peça?
K.S.: O espetáculo é encantador no geral! Criamos pensando em ser um infantil, mas tivemos um cuidado muito grande para não ficar bobinho. Então fizemos questão de elaborar um texto que não desmerecesse a inteligência da criança em nenhum momento, e que aguçasse a imaginação deles.
Já aconteceu de pais irem com os filhos, assistirem a peça e depois voltarem, na semana seguinte e sem as crianças, porque queriam ver de novo, com mais atenção. Portanto, é muito legal saber que fizemos um espetáculo que agrada todas as idades e que nem precisa mais ser chamado de infantil.
Qual o seu maior desafio em “O Palhaço e a Bailarina”?
K.S.: Tenho uma responsabilidade muito ampla do que está sendo apresentado. Quanto estou trabalhando só como atriz e o cenário apresenta algum erro, por exemplo, o problema não é meu. Mas aqui eu fico ligada em tudo! Qualquer coisa que não acontece exatamente como deveria, eu já fico atenta, tentando solucionar. É muita responsabilidade!