Entrevista com a baixista da Nove Zero Nove no Imperator

Em visita ao evento do Rio Novo Rock, conhecemos a Eliza, baixista da Nove Zero Nove, e batemos um papo com ela para conhecer mais sobre a banda e o rock que está agitando o Rio de Janeiro

A banda carioca, “Nove Zero Nove” tem história para contar desde o seu início há sete anos. Eliza, a única mulher da banda, que entrou há dois anos e meio para o time, nos conta, antes de começar a “botar som para galera” na edição do Rio Novo Rock de agosto, que os meninos começaram a banda em uma viagem furada, que o novo álbum foi suado – mas está muito bom – e como ela mesma iniciou na banda. Confira!

A banda começou numa bobeira de garotada! O vocalista e o guitarrista se conheciam e decidiram passar o fim de semana num lugar muito podre. Queriam fazer umas músicas e montar uma banda. Quando eles chegaram na rodoviária, encontraram com um amigo que estava chegando no Rio e chamaram ele para ir também – e era o outro guitarrista. Acabou que os três foram para um lugar horroroso, ficaram hospedados numa casa que depois descobriram que era um ferro velho. Tinha um monte de coisa, um terreno atrás abandonado, uma furada!”, nos conta Eliza.

A banda que acaba de lançar seu novo álbum “Blindado” no dia 9 de setembro (não por coincidência), está caminhando de forma muito bonita, como a própria integrante diz. Os cinco músicos, sendo Maurício Kyann nos vocais, Paulo Pestana e Marcius Machado nas guitarras, Rafael Cabral na bateria e Eliza Schinner no baixo; são donos do recorde de apresentações no Imperator desde a sua volta. A banda tocou no palco desse lugar emblemático do Rio de Janeiro três vezes e está prestes a tocar mais uma vez em show que abrirá para o Detonautas no dia 3 de dezembro.

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Sobre ser a única integrante mulher, Eliza deixa claro que acha ótimo! “Acho muito bom! Existe um respeito bacana pelo fato de eu ser mulher e a mais velha da banda. Eu toquei com muita gente, enquanto eles tocaram só Nove Zero Nove. Então, eu tenho uma bagagem musical muito boa para chegar aqui e vir com todo gás, querendo que isso faça tanto sucesso quanto várias coisas que eu já toquei. Já eles estão crescendo aqui dentro”.

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A Eliza, que pelo que conseguimos ver é uma mulher de muita personalidade, entrou na banda de um jeito curioso após passar um bom tempo namorando a ideia de ser baixista da banda. “Eu fiz um programa no canal BIS há três anos, chamado “Vida de roqueira” e, por conta disso, fui chamada para ser jurada num festival de bandas novas, o “Epifania”. Lembro de ver eles e querer ser da banda, mas nunca expressei isso para eles. Eu cheguei a ir em uns três shows da banda, querendo ser rica para investir neles já que eu não seria baixista porque eles já tinham um”, relembra.

Mas quando é para ser, é: “Acabou que aconteceu o caminho inverso. Do nada, o Maurício me mandou mensagem no Facebook perguntando se eu tinha algum baixista para indicar e eu falei “Eu!”. Ele nem acreditou na hora. Eles não sabiam que eu tava namorando eles. Eu queria muito tocar com eles porque eu achei que era uma banda muito verdadeira, muito talentosa. O Maurício  é um frontman incrível! Acho que desde Cazuza, Ney Matogrosso e etc; a gente não tem um moleque que suba no palco e faz o que ele faz. Eu fiquei completamente fascinada naquilo! E a presença de palco da banda inteira é sensacional!”, completa.

Blindado

“A gente teve uma ajuda muito grande da Juliana Moreira. Ela entrou com uma grana, nós juntamos com os 20 mil que tínhamos como prêmio de um festival que participamos aqui no Rio e fizemos esse puta CD com o Paulo Jeveaux produzindo. Ele, que acabou de ganhar o Grammy Latino de masterização, fez a masterização e mixagem do nosso CD. Além disso, nós gravamos baixo e bateria no Estúdio Oásis do Ricardo Feghali que é o tecladista do Roupa Nova e as vozes e guitarras no Rock SA que é na Tijuca. Tudo foi gravado em estúdios sensacionais e estamos com um material muito profissional”, diz Eliza.

O lançamento do álbum da Nove Zero Nove teve até a presença da atriz Carol Castro como DJ e as oportunidades só aumentam para a banda. “A gente teve algumas coisas por trás e agora estamos caminhando completamente sozinhos. Mas dentro desse caminho sozinhos, a gente está conhecendo muitas pessoas interessantes que estão gostando do nosso trabalho”.

Já sobre as músicas, Eliza deixa claro que o objetivo da banda não é falar de amor. “Nós gostamos de falar de coisas que realmente toquem o coração das pessoas. Temos uma música chamada “Mendigo” que é a visão de um mendigo falando.  As vezes a gente até chama um para participar do show e andar pelo palco durante essa música”, finaliza.

Abaixo, o álbum “Blindado” da Nove Zero Nove completo e todas as redes sociais para você seguir, gostar, amar e desejar estar no Rio de Janeiro para curtir o som ao vivo.

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Post Author: Bruna de Oliveira

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