Encontramos os irmãos Paullo e Cadu para um papo sobre a Marvins no Centro Cultural de São Paulo, lugar perfeito para contar histórias e falar sobre o futuro.
O interesse pela música surgiu ainda na infância, influenciados pelo vizinho que tocava as músicas de Raul Seixas no violão. Esse mesmo vizinho presenteou Cadu com um violão e o ensinou a tocar, Paulo vendo o exemplo de seu irmão pegou o gosto e quis aprender também.
O repertório versátil é devido as influências familiares, lembram que quando crianças o pai ouvia Roberto Carlos, a mãe Chitãozinho e Xororó, as tias Legião Urbana.
Após encerrarem um projeto anterior aos Marvins viram a necessidade de começar algo novo, “eu falo necessidade porque estávamos numa onda de composição muito favorável, queríamos escrever mais, ter um lugar para colocá-las, e precisávamos de uma banda, foi algo natural”, conta Paulo. Assim em 2013 surge a nova banda.
A escolha do nome
Eles elegem alguns motivos que levaram ao nome da banda, um deles seria uma pequena referência a uma música Marvin, dos Titãs, banda que admiram bastante, ” é uma música que fazia muito sentido, era uma história e as histórias sempre me encantaram”, explica Cadu.
Outro motivo seria um nome que os batizassem, “tinha os Beatles, os Titãs, e a gente precisava ter um sobrenome comum, uma coisa de família, pois representamos uma família, depois vimos a simbologia na numerologia que Marvim quer dizer família e foi coerente com a proposta de um batismo”, completa Paulo.
Processo criativo e novas músicas
Ambos compõem, Cadu gosta de histórias, personagens, livros, tramas, conta que são esses elementos que se alternam na hora de escrever. “Desde o primeiro disco a gente vem tentando sintetizar coisas que acreditamos, para passar para o nosso público. No primeiro disco temos hoje uma critica de que demos dicas muito prontas de como viver a vida, isso foi bom por um lado, mas depois cansou um pouco a gente. No próximo trabalho o que queremos é despertar o questionamento, fazer com que as pessoas reflitam, é como numa arte: quando um pintor faz um quadro ele faz metade da arte e a outra metade pertence à quem admira, cada um enxerga e dá sua interpretação.” Cadu.
Paullo começou escrever aos 21 anos, e de lá pra cá tem exercitado cada vez mais sua escrita, e já aproveita para contar as novidades sobre o disco novo, “pretendemos lançar um material novo, já temos um no forno, mas não sabemos se conseguiremos lançá-lo ainda esse ano, é algo mais sério, mais conceitual, queremos fazer a nossa história. Nesse disco as músicas contam uma história que formam um livro, criando personagens que invadem uns aos outros.”
As histórias serão ambientadas em São Paulo “além de escutar a música você conseguir visualizar as histórias, entender o caminho que o personagem está indo, poder ter a sensação que a música de ta tranquilidade e ao mesmo tempo te gera atenção, se identificar com o personagem ou sentir raiva dele, essa é a nossa pretensão, sabemos que será um grande desafio”, complementa Cadu.
Clipe “Em Paz”
A música “Em Paz” foi escrita logo após a morte do cantor Chorão, em 2013, “ele era um cara que me inspirava com pessoa, um cara que eu admirava, senti muito a falta dele e fui buscar mais coisas sobre ele e então escrevi essa música pensando nele”, confidencia Paullo. O clipe gravado em São Paulo transmite muito bem a ideia que quiseram passar, sobre o valor da companhia.
Procura-se
O inicio de 2016 marca um novo tempo para a banda, com a saída dos outros dois integrantes eles buscam novos parceiros para trilhar esse caminho. Marvins estão na captura de um baixista e um baterista, na página deles eles divulgaram que os pré-requisitos são, além da parte musical: responsa, disponibilidade e uma dose de loucura! Então compartilhem e ajude os caras!