“Alita – Anjo de Combate” (crítica) – filme estreia hoje

Por Guilherme Batista

James Cameron é conhecido por trabalhar em projetos gigantescos, TitanicAvatar que o digam, e Alita – Anjo de Combate não poderia ser diferente. Ele anunciou em 2003 que já havia adquirido os direitos de adaptação do mangá Gunnm de Yukito Kishiro, porém o projeto acabou sendo adiado por causa do universo de Avatar. Mas essa longa espera acabou porque o filme verá a luz do dia em 2019, mas especificamente HOJE.

O famoso diretor, dessa vez, encabeça a obra apenas como produtor e, por isso, escolheu Robert Rodriguez (Sin City) para dirigir. Ambos já trabalharam juntos ao escrevem o roteiro de Exterminador do Futuro: Gênesis. Graças a essa parceria, o filme passou a ser produzido com as mesmas tecnologias de Avatar. O longa conta com grandes nomes como Christoph Waltz (vencedor do Oscar por Bastardos Inglorios) que interpreta Dr. Ido, um personagem que vasculha peças descartadas da cidade flutuante de Zalem para restaurar a população da Cidade de Ferro, e encontra um busto cibernético que quando montado pelo doutor vira Alita.

Imagem- divulgação

Rosa Salazar (Bird Box) interpreta Alita, uma ingênua personagem que transmite humanidade mesmos sendo toda de CGI (captura de movimentos), e a atriz faz um excelente trabalho ao demonstrar toda as emoções da personagem. Alita é curiosa, alegre e busca sempre explorar o mundo, se encantar com o que descobre, mas carrega segredos em seu passado que pode interferir em seu futuro.

O que achamos? 

Robert Rodriguez que é conhecido por filmes de ação e lutas épicas não deixa a desejar em Alita – Anjo de Combate. O filme carrega cenas colossais de lutas do seu inicio até os segundos finais. E, também é perceptível o carinho da produção de James Cameron, como se fosse um sonho estar adaptando aquela obra oriental para os cinemas.

A obra entrega o que foi prometido no trailer, ingenuidade e lutas com peças cibernéticas para todo lado, além de uma crítica social bastante conhecida pelos fãs do universo ciberpunk: com a cidade dos poderosos em cima da população, fazendo dos lixos dos ricos a única forma para sobrevivência dos pobres. E é nesse descarte que nasce Alita, e nós acompanhamos a personagem em suas descobertas sobre o amor, humanidade e seu passado.

Imagem – divulgação

Essa jornada é feita de maneira competente, porém existem ressalvas que não torna Alita – Anjo de Combate uma obra prima. A primeira está na longa duração do projeto (142 minutos). O filme se torna cansativo em um determinado ponto, porque ele segue a clássica jornada do herói, vista repetidas vezes em várias obras cinematográficas e quando começamos a perceber essa jornada, já sabemos aonde ela vai levar. E esses minutos acabam apenas por estender o clichê já esperado.

Além disso, mesmo com todo o tempo que é levado para apresentar os personagens, o roteiro não cria um afeto do público com os outros personagens que seria necessário para o desfecho da história. Os personagens secundários não conseguem seguir o mesmo nível da protagonista e acabam por ficar de lado, o que torna a narrativa da história algo simples, o que é uma pena, porque o filme é visualmente incrível e tem uma excelente protagonista.

Imagem – divulgação

A obra foi claramente pensada para ter continuação, e esperamos que tenha. Apesar do roteiro simples, o filme diverte e deixa o gosto de quero mais na boca. Em cartaz.

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Post Author: Jaqueline Oliveira

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