Crítica de “O Menino que queria ser rei” – filme já nos cinemas

Por Jaqueline Oliveira*

A lendária espada Excalibur já encontrou o verdadeiro rei Arthur algumas vezes nas telonas, com as diferentes adaptações do clássico, mas agora é do “O Menino que queria ser rei” a sua lealdade.

Sempre num formato com várias abordagens de se contar a mesma história, rei Arthur chega com um aspecto contemporâneo na adaptação de Joe Cornish (roteirista de “As Aventuras de Tim Tim” e “Homem Formiga”) para o público infanto-juvenil.

O Menino que queria ser rei” é cheio de referências a universos mágicos, como de Harry Potter, e acerta na premissa inicial de ser um conteúdo simples, mas com contexto clássico e que dialoga com a realidade atual e seus problemas. Um dos pontos foi usar um garoto normal, sem nada de especial, com uma vida simples e um amigo que sofre bullying na escola, para ser o responsável por ter a linhagem real, e assumir seu posto diante do mal.

Imagem – divulgação

A questão é que esse “mal” não parece ser tão ruim assim, sendo esse um dos grandes problemas do longa. A Morgana que  no conto dos Cavaleiros da Távola Redonda é a pior ameaça, no filme é apenas um detalhe a ser resolvido e que parece não ter muita “vontade” para atacar. Sem falar que o rosto da atriz, Rebecca Ferguson, quase nem aparece.

Em relação aos personagens, um que pode render amores ou irritar outros, é o Merlin, interpretado por Angus Imrie, em sua versão adolescente, e por Patrick Stewart (que quase não aparece também, já que a versão jovem de Merlin é melhor para o relacionamento com os adolescentes – talvez uma forma do roteiro segurar essa ponta solta). Um mago que faz uns movimentos repetitivos e estranhos para assumir seus poderes, traz o cômico – que com certeza farão as crianças  rirem -, mas que pode ser incomodar os mais críticos.

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Já o filho de Andy Serkis, Louis Ashbourne Serkis, dá um show de atuação como o protagonista do filme, Alex, e convence trazendo a essência do personagem.

O Menino que queria ser rei” é um filme divertido, mesmo com os problemas da execução falha ao modernizar um clássico, mas que se entende como simples, digno de sessão da tarde. Nos faz viajar no tempo, conhecer um rei Arthur que não está moldado na versão adulta e que sentimos já conhecer, além de nos mostrar que para ser rei só é preciso ter coragem e um coração puro, mesmo sendo apenas um menino.

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Post Author: Jaqueline Oliveira

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