Made in Mexico

Made in Mexico: na trave

Lançamento do Netflix mira em “Gossip Girl” e acerta em “A Fazenda”

Made in Mexico, último lançamento documental do Netflix, teve intenção nobre: a proposta autodeclarada da série é de mostrar, no formato de reality show, as vidas de influencers mexicanos com o intuito de reduzir o preconceito e

Havia alguma expectativa em torno do lançamento por ser o primeiro do gênero do México, e a própria escolha do formato, um dos favoritos pelos espectadores dos E.U.A,  é de proporcionar aproximação e integração. A sinopse oficial divulgada pelo Netflix foi:

“A vida destes socialites da Cidade do México parece um sonho, mas um olhar mais atento revela uma teia de intrigas, inveja e lutas pessoais.”

Os motivos para tanto são vários, a começar pela escolha do formato: quando se fala de reality TV, ou você aposta num formato documental e jornalístico ou no contraponto sensacionalista e escandaloso, e acaba que em Made in Mexico temos uma série com pretensão de ser o primeiro tipo que acaba escorregando para o segundo sem conseguir sê-lo: temos todos os estereótipos de um reality show – Hanna Jaff, a vilã que amamos odiar, o mocinho problemático Roby Checa, a trend setter Columba Diaz (com direito a vibes de Serena Von Deer Woodsen ), a apresentadora Shanik Aspe, o empresário bem sucedido e boa pinta Pepe Diaz, a estilista mãe de família Kitzia Mitre,  e as blogueiras Chantall TrujilloLiz Woodburn 
Entretanto, com exceção da performance de Hanna, que é too much para ser verdade, os personagens acabam não explorando suas personas com intensidade suficiente para serem interessantes. O objetivo pode ter sido dar alguma verossimilhança à trama, mas, se foi o caso, os roteiristas falharam miseravelmente, valendo o exemplo do alcoolismo de um dos personagens, curado milagrosamente de um episódio para o outro, e o fato de todo mundo arrastar a Hanna para todas as festas, mesmo ela sendo inimiga declarada de 90% do elenco.
 Em suma, a série seria mais interessante se fosse declaradamente  fictícia, ou mesmo uma sátira autoproclamada dos programas norte-americanos. Netflix, valeu a tentativa.

Post Author: Rê Schmidt

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *