AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar no Instituto Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake apresenta a exposição  AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar, que busca discutir os custos da retirada de direitos democráticos para o imaginário cultural do País, em resposta aos 50 anos do Ato Institucional No. 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).

Como uma exposição-ensaio, AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar propõe um percurso que passa por diversos estágios de restrição dos direitos democráticos e destaca múltiplas atitudes de contestação, grito e reflexão. Há também espaço para textos e documentos de contextualização, além de algumas obras comissionadas de artistas mais jovens, que conheceram o período por meio da história.

Com curadoria de Paulo Miyada, a pesquisa tem como núcleo a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegou a ser virtualmente criminalizada pelas práticas de censura e repressão. Em alguns casos, as obras reunidas foram proibidas, destruídas ou subsistiram ocultas; em outros, sua circulação foi seriamente contida e seus modos de expressão passaram por codificações e táticas de resistência.

Os assuntos em destaque são proposições provocativas para o campo artístico, todas interrompidas ou descontinuadas: a criação do Museu da Solidariedade no Chile, por Mario Pedrosa; a proposição do Museu das Origens após o incêndio do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, também por Mario Pedrosa; e o Encontro de Críticos de Arte da América Latina, organizado por Aracy Amaral com o intuito de rediscutir as premissas da Bienal de São Paulo.

A exposição está dividida em núcleos como: censura, criminalização da opinião, reflexões sobre a crise institucional que se seguiu à abertura democrática.

Alguns destaques da mostra: Textos de Hélio Oiticica e obras de Cybele Varela e Carlos Vergara, fotografias de Evandro Teixeira e projeto não realizado de Carmela Gross; obras de Antonio Manuel, Artur Barrio e Cildo Meireles. Contraposições e contrastes: Carlos Pasquetti, Regina Vater e Nelson Leirne, entre outros.

O público pode conferir a exposição até 4 de novembro.

Tomie Ohtake
Foto: Reprodução

Serviço: Instituto Tomie Ohtake

Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros – SP (Entrada pela Rua Coropés, 88)

Horário: Terça a domingo das 11h às 20h

Maiores informações no Site.

Entrada gratuita

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Post Author: Juliana Lopes

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