Resenha: O Diário de Anne Frank em quadrinhos (Ari Folman e David Polonsky)

“O Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947 e faz parte do cânone literário do Holocausto. E agora, pela primeira vez, vem à luz esta edição em quadrinhos. O roteirista e diretor cinematográfico Ari Folman e o ilustrador David Polonsky demonstram com essa adaptação a dimensão e a genialidade literárias da jovem autora. Eles tornam visual o contemporâneo documento histórico de Anne Frank e traduzem o contexto da época no qual foi escrito. Baseada na edição definitiva do diário, autorizada por Otto Frank, pai de Anne – um dos livros mais vendidos do mundo, publicado no Brasil pela Editora Record –, esta versão em quadrinhos torna tangível o destino dos oito habitantes do Anexo durante seus dias no esconderijo.”  

Com certeza você já ouviu falar em Anne Frank, ou chegou a ler uma das edições de seu diário onde contou sobre seus medos e tudo o que passou durante a Segunda Guerra Mundial. Em “O Diário de Anne Frank” podemos ver como foram esses dois anos (de 1942 a 1944) para ela e sua família, que eram judeus, escondidos em um anexo secreto para fugir das violências dos nazistas até o dia em que foram denunciados, descobertos e levados pelos alemães para um campo de concentração de Bergen-Belsen.

A obra original é extensa, mas ao passar para a versão em quadrinhos Ari Folman e David Polonsky fizeram uma ótima adaptação, bem detalhista e abordando basicamente tudo pelo o que a pequena Anne e sua família viveram naquela época, e tudo pela visão da garota.

Em seu diário, que foi um presente de aniversário, Anne encontrou uma amiga para quem podia contar seus sentimentos e tudo o que passava pela sua cabeça, tudo o que uma adolescente que teve sua vida interrompida pelos acontecimentos da Guerra. E o diferencial da versão em HQ, claro, são as ilustrações que complementam a história e que nos permitem visualizar de uma outra forma como tudo aconteceu.

Essa versão  de “O Diário de Anne Frank” é uma leitura mais tranquila e não tão cansativa e extensa como as outras edições, e também é uma forma tranquila de apresentar essa importante história para as crianças e adolescentes que precisam ter o conhecimento de como o nazismo, a segregação -ainda mais nos dias de hoje, fez mal para muitas pessoas. Crianças e adultos inocentes que não fizeram absolutamente nada.

Além das lindas ilustrações, ao fim do livro tem um pósfácio contando tudo o que aconteceu após o último relato de Anne em seu diário antes de ser levada. Essa é uma das edições mais lindas que já vi, e é autorizada pela “Anne Frank Fonds”, instituição criada por Otto Frank, pai de Anne. A AFF é uma associação sem fins lucrativos  e promove trabalhos de caridade em homenagem a Anne e seu pai, e colabora para encorajar a comunicação entre jovens de todo o mundo, e também com um melhor entendimento entre as diferentes culturas e religiões e  contribuir com a paz.

É uma história que mexe muito pelo fato de inocentes serem perseguidos e também pela interrupção da vida de alguém que tinha muito o que aprender e descobrir ainda. Algo importante que precisa ser compartilhado e lido por todos, para quem saber as pessoas lembrem que todos somos diferentes, todos somos humanos e não há um certo ou errado ou um melhor que o outro.

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Informações do livro:

Autor: Austin Kleon

Editora: Galera Record

ISBN: 978-85-01-10967-5

Post Author: Bruna Camilo

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